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Oficina “Como Nossos Pais e Mães: assumindo a autoria da Saúde Coletiva” é realizada no IMS

Dia 23 de março, a partir das 14h no Auditório do IMS, vai ser realizada a Oficina “Como Nossos Pais e Mães: assumindo a autoria da Saúde Coletiva”, fruto da disciplina da Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Medicina Social/UERJ [IMS/UERJ], oferecida pelo professor André Luis de Oliveira Mendonça, intitulada “Fundamentos Epistemológicos e Políticos da Saúde Coletiva”; e que será realizada também no 3º Congresso de Política, Planejamento e Gestão em Saúde da Abrasco, dia 1º de maio, das 8 às 12h, em Natal (RN).

Nessa disciplina, lê-se alguns clássicos das décadas de 60, 70 e 80, alguns que se tornaram fundantes da Saúde Coletiva. O modo de produção na disciplina não rendia produtos mensuráveis. Era uma tarefa cotidiana de lidar com a crítica, com o outro, com a responsabilidade de construção coletiva da disciplina e também dos debates. Os afetos foram outro “produto” imensurável da disciplina. Ganhou-se não apenas referências bibliográficas, mas tornaram referências uns para os outros, mediando, inclusive, encontros com referências bem distantes dos cenários das pesquisas “objetivas”, inclusive da Saúde Coletiva, como a imersão no “Quarto de Despejo”, narrado por Carolina Maria de Jesus. Assim, reconciliou-se com a Saúde Coletiva, a despeito da especialização da Saúde Coletiva. É este o “espírito” que se quer compartilhar e produzir nesta oficina.

Segundo os organizadores, a partir da experiência compartilhada dos alunos de Política, Planejamento e Administração do IMS/Uerj, o objetivo da Oficina é refletir sobre textos clássicos e atuais que informam o campo da saúde coletiva, resgatar a perspectiva histórica e fundacional da Reforma Sanitária e lançar provocações à área, campo, movimento em sua trajetória atual. Ainda há espaço para a democracia e para a reforma social na pauta setorial da saúde? Qual o papel da Política na política de saúde? Planejamento e administração do quê, para quem? Produção de que conhecimento com que alcance e qual objetivo?

Os clássicos da Saúde Coletiva são ainda importantes para compreender a realidade sócio-sanitária ou são meros arquivos que revelam sobre determinados sujeitos e contextos, situados na história? Em tempo de crise política, social e institucional, convém manter o debate e a produção de conhecimento em Políticas, Planejamento e Administração em Saúde centrados (e restritos) à constituição e governança do sistema de serviços saúde? Esta oficina se projeta a um Congresso de Política, Planejamento e Gestão em Saúde, objetivando tensionar as barreiras que nos limitam a interlocução entre sujeitos, saberes e práticas.  Trabalhando com obras como “Medicina e Sociedade”, de Donnangelo, “O Dilema preventivista”, de Arouca, “As Instituições Médicas no Brasil”, de Madel Luz, entre outras, desejamos debater o cenário contemporâneo da Saúde e suas articulações para fora do “setor”, como feito nas obras citadas. Pretende-se, ainda, construir coletivamente respostas a essas perguntas permitindo a olhar para a história e explorar diferentes narrativas.

 

Coordenação da Atividade: Gabriela Pimentel Barreto – Instituto de Medicina Social/UERJ

Responsáveis pela organização: Gabriela Pimentel Barreto – Instituto de Medicina Social/UERJ; Alessandra Aniceto Ferreira de Figueiredo – Instituto de Medicina Social/UERJ; Catalina Kiss – Instituto de Medicina Social/UERJ; Gerson da Costa Filho – Instituto de Medicina Social/UERJ; Leandro Augusto Pires Gonçalves – Instituto de Medicina Social/UERJ e Roberta Dorneles Ferreira da Costa – Instituto de Medicina Social/UERJ.

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Ser um associado (a) Abrasco, ou Abrasquiano(a), é apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, mas também compartilhar dos princípios da saúde como processo social, da participação como radicalização democrática e da ampliação dos direitos dos cidadãos. São esses princípios da Saúde Coletiva que também inspiram a Reforma Sanitária e o Sistema Único de Saúde, o SUS.

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