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Olhares da Abrasco neste Dia mundial da luta contra o HIV/Aids

Bruno Cesar Dias

Reprodução: Unaids

Avanços nos tratamentos medicamentosos, mas ausência de campanhas. Aumento da epidemia justamente entre as populações mais jovens e estigmas que se mantêm. Há pouco mais de 40 anos, uma epidemia espalhou-se no globo, trazendo a dor da perda de vidas que não voltam e o reforço de preconceito a determinados grupos sociais: a epidemia de HIV/Aids, que tem nesta terça, 1º de dezembro, seu dia mundial de alerta, luta e também de valorização daqueles que vivem com o vírus e devem ter seus direitos respeitados.

A ciência foi e é fundamental para entender sobre essa epidemia que conduziu à morte de cerca de 32,7 milhões* de pessoas em todo o mundo e descobrir respostas para estancar seu crescimento. Do ponto de vista clínico e epidemiológico, inquéritos e pesquisas descobriram os mecanismos de transmissão e desenvolveram medicação de ponta. Já as investigações sociais sobre as formas de se estar e viver com o corpo e com a sexualidade e em políticas públicas foram necessárias para conseguir diálogos e adesão ao tratamento de populações historicamente marginalizadas e entender o papel das campanhas de prevenção e da construção de redes de atenção específicas.

Num ano marcado pela epidemia do SARS-CoV-2, a Abrasco não poderia esquecer e deixar de falar da epidemia do HIV/Aids. Foi por conta da ciência, da luta social e da solidariedade que seus indicadores são atualmente menos agressivos. No entanto, está longe de ter sido sanada, e exige, da sociedade e dos governos, atenção e respeito para que não ceife ainda mais vidas e amplie sofrimentos.

* estimativa de média do total de mortes do início da pandemia até 2019, segundo a Unaids

Leia análises produzidas por pesquisadoras das três áreas que fundam a Saúde Coletiva e estruturam as Comissões da Abrasco.

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