No dia 20 de maio, o painel “Mulheres na Ciência” da Ágora Abrasco reuniu pesquisadoras para debaterem a igualdade de gênero na produção do conhecimento. A atividade foi uma iniciativa conjunta dos Grupos Temáticos Gênero e Saúde, Racismo e Saúde e Bioética da Abrasco. Ana Maria Costa, coordenadora do GT Gênero e Saúde e uma das condutoras do painel, destacou a importância da atividade, que “trouxe uma reflexão ampla sobre os percalços, as desigualdades, as ambiguidades e as subjetividades associadas à nossa presença na academia”.
Em suas considerações, Estela Aquino, professora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia e membro do GT Gênero e Saúde da Abrasco, abordou a representatividade feminina no contexto da pandemia. “No momento atual, não é possível a gente falar sobre as mulheres na ciência sem refletir também como estão as mulheres diante do maior desafio deste século, na pandemia da Covid-19, e todos os desafios e desigualdades, as de gênero, de classe, de raça”.
Ana Paula Nogueira Nunes, professora da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e membro do GT Racismo e Saúde da Abrasco, jogou foco sobre a baixa representação das mulheres negras na ciência. “As mulheres, sobretudo as mulheres negras, são sub-representadas na ciência como um todo, principalmente quando a gente faz referência aos espaços de poder e de decisão”, pontuou.
O painel também foi coordenado por Luciana Narciso, integrante do GT de Bioética/Abrasco e da articulação Parent in Science, que lembrou da inclusão da licença-maternidade na plataforma Lattes como uma vitória que poderá ajudar a ampliar a representatividade feminina. A sessão teve ainda as participações das pesquisadoras Letícia Oliveira (UFF e Parent in Science) e Stella Gontijo (ANPG).
Veja o painel na íntegra na TV Abrasco: