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Parlamentares recebem manifesto da Frente pela Vida em defesa da vacinação

Letícia Maçulo

Às vésperas do Dia Mundial da Saúde,  organizações de todo o Brasil se reuniram com parlamentares para apresentar um manifesto em defesa da ampla vacinação pública, da saúde e do SUS. O documento é um posicionamento que vai de encontro às propostas apresentadas na PL 948/21, também chamada de “PL Fura-fila” por permitir que empresários comprem vacinas com isenção de impostos e tenham acesso às doses antes mesmo de grupos prioritários. O evento de lançamento, com a leitura do manifesto aconteceu virtualmente na terça-feira (6) com transmissão ao vivo pela TV Abrasco.

Para as entidades, o Brasil está caminhando para se tornar uma ameaça sanitária global. “Neste cenário de extrema gravidade, a Frente pela Vida soma-se a muitos outros movimentos que propõem, em caráter de urgência, uma ação coordenada entre os três poderes da República e as três esferas de governo para iniciar a mitigação dos efeitos da pandemia e, em seguida, buscar sua supressão no território nacional” afirmam no documento.

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A leitura inicial da carta foi realizada pela presidente do Cebes, Lucia Souto e pela presidente da Abrasco, Gulnar Azevedo e Silva. O presidente da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, Dr. Luizinho alertou para a força que o projeto de Lei tem com a base do governo na câmara, mas garantiu que a oposição fará o que for necessário para modificar o texto.

O evento também contou com a presença da deputada Jandira Feghali, que reforçou a importância da oposição em pressionar e garantir uma redução de danos dentro da proposta do projeto. “É um absurdo essa dupla porta de vacinação determinada pelo poder econômico. Vamos continuar na batalha levando em consideração os quatro eixos propostos pelo manifesto, além da bandeira democrática do impeachment” garante. 

Para os presentes, sem uma ação coordenada do Governo, não iremos diminuir os índices de contágio e mortalidade por Covid-19 no Brasil. O senador Humberto Costa relembrou a postura adotada pelo governo na gestão da crise sanitária: “Temos sentido falta, desde o início, de uma coordenação nacional de enfrentamento da pandemia. Não houve nas medidas de prevenção e não há agora sobre a vacinação”

O documento apresenta quatro eixos para atuação coordenada que juntos, podem contribuir para uma melhora nos índices de mortalidade e infecção pela doença no país. As medidas propostas são: lockdown de 21 dias com auxílio emergencial, ampla vacinação da população pelo SUS, fortalecimento da vigilância da saúde, da atenção básica, da assistência hospitalar e da assistência farmacêutica e um financiamento adequado para o SUS. 

Como relembrado pelo Deputado Alexandre Padilha, a luta pela vacinação esbarra na luta pelo acesso à saúde pública. “Além da luta pelo direito igualitário à vacina, estamos firmes na luta para reverter a retirada dos recursos do orçamento da Saúde. Retiraram 22% do orçamento do Ministério da Saúde durante a pandemia. Esse é um debate muito sério que temos que fazer”

O texto base do projeto foi aprovado nesta terça-feira (6) com 317 votos a favor e 120 contra, além de duas abstenções. Nesta quarta-feira (7), está prevista a votação dos destaques. O projeto agora segue para o Senado, onde a pressão deve continuar para que mudanças positivas sejam feitas no sentido de garantir que os imunizantes sejam entregues para a população de acordo com a prioridade estabelecida no Plano Nacional de Imunização, não de acordo com a condição financeira de cada um.

A transmissão pode ser assistida diretamente pelo canal da TV Abrasco no Youtube. Assista pelo player abaixo 

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