Apesar de passar desapercebido, no dia 21 de março é celebrado o Dia Mundial da Infância: elas têm direitos básicos, tais como alimentação, educação, saúde, lazer, liberdade, ambiente familiar e de sociedade. O dia foi criado para propor uma conscientização coletiva sobre as condições econômicas, sociais e educacionais que as crianças do mundo inteiro estão vivendo: elas precisam ser protegidas contra a agressão, discriminação, exploração e descuido. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), crianças e jovens de até 18 anos são 31,1% da população do Brasil e o país é o segundo do mundo em número de assassinatos de adolescentes, atrás apenas da Nigéria. Por dia, são mortos 28 crianças e adolescentes, a maioria meninos, negros, pobres e moradores de periferias e áreas metropolitanas de grandes cidades.
Estima-se que milhões de crianças apresentando sintomas psicológicos relacionados a problemas de aprendizagem, de conduta, de depressão; a transtornos do desenvolvimento, do apego, de ansiedade; a transtornos alimentares; a abuso de substâncias, entre outros, não sejam identificadas e não recebam atendimento. A longo prazo, esses transtornos podem reduzir sua capacidade durante quase um terço das suas vidas. Em termos de prevalência, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que cerca de 20% de crianças e adolescentes sofrem de algum transtorno mental. Além disto, o suicídio é a terceira causa de morte entre os adolescentes, estando associado também ao surgimento de manifestações de Depressão Maior, com efeitos ao longo da vida adulta. Outras manifestações são as condutas antissociais, delinquência e uso de drogas que podem estar associadas às manifestações na infância de agressividade e distúrbio do comportamento. Nos últimos anos, também têm sido mais frequentes os quadros de transtornos alimentares e ansiedade.
Para ler
A ideia do livro “ATENÇÃO EM SAÚDE MENTAL PARA CRIANÇA E ADOLESCENTE NO SUS”, escrito por Edith Ribeiro e Oswaldo Tanaka, nasceu de solicitações dos profissionais da saúde mental e de saúde em geral à procura de referências bibliográficas sobre cuidado em saúde mental de crianças e adolescentes no Sistema Único de Saúde (SUS).
Os autores estavam em busca de textos que permitissem conhecer como estava de dando a prática cotidiana dos serviços, como os profissionais de saúde metal estavam transformando teorias, conceitos e modelos em práticas concretas e como ocorria a reflexão sobre o desenrolar do processo cotidiano de cuidado no dia a dia.
O caminho que eles escolheram foi identificar experiências concretas nas quais visulizamos possibilidade de que, através de uma reflexão escrita, pudessem inspirar outros profissionais da rede a ousar, inventar, descobrir novas possibilidades de operacionalizar novas modalidades de cuidado.
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