O Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CCSA da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE sediou, de 7 a 9 deste mês, a VI Reunião de Pesquisa em Saúde Bucal Coletiva. O evento, que ocorre a cada três anos, teve como tema a “formação de pessoas e produção do conhecimento em saúde bucal coletiva frente aos (des)caminhos do SUS”. “A Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) é uma questão de qualidade de vida da população. Por isso, a UFPE, como uma universidade pública, cumpre seu papel social ao realizar esse encontro”, disse o reitor Anísio Brasileiro, que participou da conferência de abertura da reunião.
“A gente pode considerar que, dentro do conjunto de políticas setoriais do Sistema Único de Saúde ao longo dos últimos 12 anos, a Política Nacional de Saúde Bucal foi uma das que mais impactou positivamente a vida dos brasileiros. Esse impacto é produzido, em parte, pelo acúmulo científico dessa área feito no Brasil através do diversos pesquisadores que se reúnem a cada três anos nessa reunião nacional”, afirmou o pró-reitor para Assuntos Acadêmicos da UFPE, Paulo Goes, um dos vice-presidentes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco.
“Aqui você tem profissionais de saúde, professores e pesquisadores que estão fazendo uma análise da situação, identificando onde estão os estrangulamentos, as dificuldades, e definindo estratégias para enfrentar isso, tanto técnicas e sanitárias como políticas”, disse o presidente da Abrasco, Gastão Wagner. “É muito importante a reunião ocorrer na UFPE porque faz essa aproximação entre universidade e Sistema Único de Saúde, o que é fundamental para os dois lados. Nós, da Universidade, precisamos do SUS para a formação de pessoas. E ele precisa da gente para avaliar e indicar caminhos, inovações e novas tecnologias”, completou Gastão, que é professor titular da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp.
Ao longo dos três dias, a reunião contou com a presença de aproximadamente 150 participantes, que atuaram nos eixos do conhecimento da inovação no cuidado e na clínica em saúde bucal, quanto à formação e competências profissionais; da vigilância à saúde bucal no que diz respeito à busca de uma epidemiologia social e para a intervenção; e do planejamento, gestão e modelos de avaliação dos programas e serviços de saúde bucal. As questões foram trabalhadas por meio de oficinas, conferências, mesas-redondas e de compartilhamento de experiências, bem como a partir de grupos de trabalho. Para todas as modalidades de discussão, vão ser gerados textos de referência e síntese que vão compor produção bibliográfica a ser publicado pela Editora UFPE.
ABERTURA – O encontro foi aberto por conferência realizada no fim da tarde da quinta-feira passada (7) no Auditório Denis Bernardes, do CCSA. A cerimônia contou com a presença do reitor Anísio Brasileiro e do pró-reitor para Assuntos Acadêmicos Paulo Goes, que, na ocasião, pediu voto de solidariedade à UFMG devido aos fatos recentes envolvendo a instituição. Teve ainda a participação do presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Gastão Wagner; do senador Humberto Costa (PT-PE); da coordenadora do curso de Odontologia da UFPE, Daniela Feitosa; e da coordenadora do GT de Saúde Bucal da Abrasco, Efigênia Ferreira (UFMG).
Antes, o pró-reitor Paulo Goes comandou o lançamento nacional do livro “Os caminhos da saúde bucal no Brasil”, obra que traz um olhar quali e quantitativo sobre os Centros de Especialidade Odontológicas (CEO) no Brasil. O trabalho foi organizado pelo próprio Paulo Goes, junto com Nilcema Figueiredo e Petrônio Martelli. A VI Reunião de Pesquisa em Saúde Bucal Coletiva foi organizada pela Coordenação do GT de Saúde Bucal da Abrasco com apoio da UFPE.