04 de setembro de 2013 – Por Flaviano Quaresma
Luis Eugenio Portela, presidente da Abrasco
Abrindo as atividades do último dia da 1ª Conferência Regional sobre Determinantes Sociais da Saúde do Nordeste, no Recife, o presidente da Abrasco, Luis Eugenio Portela, apresentou à plenária um estudo desenvolvido por pesquisadores da UFBA sobre "Políticas e programas públicos relacionados aos determinantes sociais da saúde desenvolvidos no Nordeste brasileiro".
Segundo o estudo, a abordagem dos determinantes sociais exige ações específicas: um trabalho contínuo de longo prazo, a conscientização do público, a priorização política da busca por equidade e a coordenação entre as ações e os setores envolvidos. “O Brasil teve avanços, mas continua desigual”, afirmou Luis Eugenio. E ainda ressaltou que os maiores desafios são uma distribuição mais equitativa de poder e riqueza, e as tensões sociais. “Há também os desafios de ordem político-institucional que são a governança, a participação social, a articulação do setor saúde, a cooperação internacional e o monitoramento e prestação de contas”, pontuou.
Na mesa sobre “Políticas e programas no Nordeste relacionados aos determinantes sociais em saúde” ainda marcaram presenças e diálogos significativos Frederico Cavalcanti (Sudene/Ministério da Integração), Vera Dantas (Comitê Nacional de Educação Popular em Saúde), José Ivo Pedrosa (NESP/PI) e Afra Suassuna, coordenando o debate sobre o tema.
Vera Dantas, Luis Eugenio, Afra Suassuna e Frederico Cavalcanti
José Ivo fez duras críticas aos modelos de políticas e programas governamentais, afirmando que são normativos. Vera Dantas apontou a importância dos movimentos populares na luta por políticas e programas para a saúde da população e mesmo considerando o cenário “pessimista” cartografado por José Ivo, afirmou que “como todo nordestino, era muito otimista”.