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Políticas voltadas à saúde da população negra em debate na Câmara dos Deputados

Audiências promovidas pela Câmara dos Deputados abordam políticas exclusivas para população negra. Foto: Filipe Araújo/Fotos Públicas

No dia 9 de abril, duas audiências públicas da Câmara dos Deputados reuniram especialistas para debater políticas direcionadas à população negra e subsidiar um grupo de trabalho instaurado pela Comissão de Juristas – Combate ao Racismo, formado por juristas e parlamentares. Os dois encontros tiveram membros do GT Racismo e Saúde como convidados.

Na parte da manhã, a primeira audiência debateu as políticas de atenção à saúde da população negra. A sessão teve a participação dos abrasquianos Alexandre Silva e Lúcia Xavier; ao lado de Jurema Werneck. diretora-executiva da Anistia Internacional e ex-conselheira nacional de Saúde; Márcia Lima, professora e pesquisadora do Departamento de Sociologia da USP e Claudio Nascimento, coordenador do Grupo Arco-Íris.

Entre outros pontos abordados, Alexandre Silva, que representou a Abrasco no evento, frisou a importância de adoção de ações voltadas ao envelhecimento de qualidade da população negra. “Em muitos municípios a média de vida não chega a sessenta anos de idade. Então, como podemos garantir um envelhecimento a falta de acesso da população negra em serviços primários e também o impacto da pandêmia?”, questionou o pesquisador.

Já a segunda audiência, realizada durante a tarde, debateu a proteção à assistência social e segurança alimentar da população negra. Emanuelle Góes, membro do GT Racismo e Saúde da Abrasco, participou como panelista juntamente com Clátia Vieira, representante do Fórum de Mulheres Negras; Fernanda Bairros, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Luana de Brito, representante da Rede de Mulheres Negras para Soberania e Segurança Alimentar e Nutriciona (Rede SSAN); e as pesquisadoras em Saúde Pública da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) Roberta Gondim e Denise Oliveira e Silva.

“Precisamos incluir a falta de dados de raça/cor nos estudos porque os dados faltantes também são importantes [para análises]”, alertou Emanuelle, disse articulando o impacto da falta de dados e marcadores da população negra nos levantamentos sobre saúde.

Assista abaixo o registro da primeira audiência:

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