01 de agosto de 2013
'Mudança na formação médica exige debate', diz presidente da Abrasco em entrevista no Jornal da Globo News – Edição das 18h00, apresentado pela jornalista Leilane Neubarth. A entrevista foi feita ao vivo, nesta quarta-feira, 31 de julho, no Rio de Janeiro.
O governo desistiu de incluir dois anos na graduação do curso de medicina. Pela nova proposta, médicos continuam se formando em seis anos, com dois anos de residência obrigatória.
Para o presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Luis Eugênio de Souza, a postura do governo de rever a proposta inicial reconhece a necessidade do debate antes que a decisão seja tomada. “Uma proposta de mudança da formação médica, que é uma formação longa e cara para a sociedade, precisa ser feita de uma forma muito negociada e amadurecida com as universidades, com as entidades médicas, com as entidades da sociedade civil”, avalia Luis Eugênio.
Luis Eugênio acredita ainda que os dois anos de residência obrigatória no SUS – um ano na emergência e um ano na especialização –, previstos para entrar em vigor em 2018, irão melhorar a formação dos médicos, mas é preciso que haja uma discussão sobre as condições dos hospitais onde as residências vão ser desenvolvidas. “A residência é um estágio em serviço sob supervisão, exige boas condições das unidades de saúde onde esses residentes vão se inserir e exige supervisão adequada”, observa o médico.
Assista aqui a íntegra da entrevista
Luis Eugenio de Souza e Leilane Neubarth