Reportagem de Cláudia Collucci, do jornal Folha de São Paulo, destacou a pesquisa “Desafios da Atenção Básica no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no SUS”, coordenada pela Rede de Pesquisa em Atenção Primária da Abrasco (Rede APS), que tem como objetivo identificar os principais problemas e as estratégias de reorganização da Atenção Primária à Saúde no enfrentamento da Covid-19 nos municípios brasileiros. Entre os resultados, o estudo aponta que mais de 70% dos profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde (APS) utilizam o celular de uso pessoal no atendimento à distância aos pacientes. Apenas 12% deles têm acesso a um aparelho institucional e muitos relatam problemas na conexão com a internet.
Ao jornal, Lígia Giovanella, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz e coordenadora da Rede APS, comentou sobre a situação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). “Ainda que nos últimos anos há mais UBS com internet, só 40% dos profissionais têm internet boa nas suas unidades. Para fazer um atendimento à distância, o vídeo é crucial para identificar sinais clínicos, por exemplo”. Giovanella destacou o engajamento dos profissionais no uso dos próprios celulares.
Na pesquisa, iniciativa conjunta da Universidade de São Paulo (USP), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal de Pelotas (UFPel), foram entrevistados 2.566 profissionais que atuam na atenção básica em todos os estados do país, entre os dias 25 de maio e 30 de junho.
Outro dado da pesquisa é a falta de equipamentos de proteção individual para os profissionais, já que somente 21% deles relataram ter todo o material à disposição. A matéria ainda citou outros dados, como o deslocamento dos Agentes Comunitários de Saúde para outras funções, como recepção de pacientes nas unidades de saúde.
A sessão Como a APS está enfrentando a pandemia de Covid-19 no Brasil? Resultados da pesquisa nacional, da Ágora Abrasco do dia 4 de agosto, também foi mencionada na reportagem da Folha de São Paulo, destacando fala de Aylene Bousquat, da Faculdade de Saúde Pública da USP sobre os resultados da pesquisa nacional. De acordo com a abrasquiana, “um dos pontos positivos encontrados no trabalho foi a rapidez com que os profissionais incorporaram mudanças de rotina, como os atendimentos virtuais”, disse.
Leia a matéria completa do jornal.
E veja o vídeo do painel da Ágora Abrasco.
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