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Prorrogado prazo para submeter resumos ao 8ºCBCSHS

Bruno C Dias, Vilma Reis e Hara Flaeschen

 

Aprofundar-se nos debates da saúde coletiva; trocar ideias com colegas pesquisadoras e pesquisadores de todo o país; lutar pelo SUS; turbinar o currículo e a carreira; conhecer novas pessoas e locais; aprender e compartilhar. Os mais diversos motivos  levam estudantes, profissionais e docentes a submeterem seus resumos ao 8º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde – 8ºCBCSHS. Essa é uma das partes mais importantes do processo de produção do conhecimento e um bom resumo distingue uma contribuição e participação qualificadas.

O prazo de submissão foi prorrogado para a próxima segunda, 3 de junho. Dá tempo para saber das inovações desta edição; conferir e relembrar as regras de submissão.

Maior liberdade para a construção dos resumos é uma das novidades desta oitava edição. “A comissão científica do 8º CBCSHS decidiu ofertar um número de caracteres amplo para a escrita do resumo expandido, 5 mil, bem como garantir mais flexibilidade na distribuição do conteúdo do texto no interior desse limite, como consta nas normas para submissão de trabalhos” destaca Martinho Silva, coordenador da Comissão de Ciências Sociais e Humanas da Abrasco e presidente do Congresso.

Agora, autoras e autores ficam livres para distribuírem o total de caracteres pelas seções do resumo. No entanto, Martinho ressalta que não se pode esquecer que os elementos quantitativos e qualitativos são importantes no processo de avaliação.

Outra novidade foi o processo de construção dos Grupos Temáticos. Publicada em 14 de novembro do ano passado, a chamada para a construção dos GTs ficou mais de 2 meses aberta e possibilitou um arranjo único entre tantas agendas e temáticas de pesquisa. A comissão científica do 8º CBCSHS recebeu quase 100 propostas, selecionando 36 ao final para compor a programação do Congresso. Todos os 36 GTs são inter-regionais, ou seja, pelo menos 1 das pessoas que os coordenam encontra-se em instituição localizada em região do país diferente daquela do/a outro/a coordenador/a.

Para o presidente do Congresso, isso representa uma conquista na luta contra as iniquidades em ciência e tecnologia no Brasil. “Essa aposta na diversidade é uma resposta da comissão científica ao fenômeno que favorece a concentração de recursos em poucas de suas 5 regiões do país, aprofundando as desigualdades que o marcam, ” diz o presidente do 8º CBCSHS. “O resultado do nosso trabalho em equipe é esse conjunto heterogêneo de opções, uma marca das Ciências Sociais e Humanas em Saúde. É difícil mesmo escolher diante dessa pluralidade” sorri Martinho. O/a autor/a também pode procurar produções acadêmicas recentes sobre o tema do GT, pesquisar pode ajudar a escolher.

Diálogos e boas perguntas:  “Igualdade nas diferenças: enfrentamentos na construção compartilhada do bem viver e o SUS” é o tema do evento. Trazê-lo para o resumo é importante, mas é somente uma das chaves para a aprovação. “A adequação do resumo à temática do 8º CBCSHS é apenas 1 dos 5 critérios adotados no processo avaliativo” reforça o docente. Adequações conceitual e metodológica para o alcance dos objetivos e dos resultados esperados, no caso da avaliação dos relatos de pesquisa, e a profundidade da reflexão nos relatos de experiência são outros pontos fortes destacados. “Uma das formas de dialogar com o tema do Congresso é lembrar que a saúde coletiva é uma área ao mesmo tempo científica e política” lembra o abrasquiano.

A potência contida em boas perguntas que move o conhecimento científico é outro aspecto por ele ressaltado. “Acho que toda pesquisa parte de uma questão, de uma dúvida, de uma pergunta. Além de metodologias, creio que precisamos abordar também problemas científicos”, diz Martinho ao responder sobre o que faz de fato diferença num bom resumo de relato de pesquisa. “No caso dos relatos de experiência a comissão científica do 8º CBCSHS criou critérios de avaliação específicos. Vou apresenta-los em forma de uma pergunta, se você me permitir: mesmo quando participamos de uma experiência de atenção, gestão ou educação em saúde que consideramos exitosa, na qual acreditamos que atingimos as metas que nos propomos, elaboramos críticas sobre as conquistas, não?” encerra Martinho.

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