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Quarta idade: um novo desafio para a Saúde Pública

A emergência de um segmento populacional marcado por limitação funcional irreversível associada a uma idade avançada, um desafio tanto para as políticas de saúde, quanto para as demais políticas públicas. Este foi o tema da apresentação feita pela pesquisadora Célia Caldas (Universidade Aberta da Terceira Idade – UNATI/UERJ), na quarta-feira, 23 de agosto, durante o Congresso Mundial de Saúde Pública.

O número de cidadãos em idade muito avançada está crescendo no Brasil. Calcula-se que em 2025 o país terá aproximadamente 32 milhões de habitantes com mais de 60 anos, 8,1% desta população entre 60 e 69 anos, 5,7% 70 anos ou mais. Proporcionalmente, o crescimento será mais acentuado no grupo dos muito idosos (80 anos ou mais). A questão colocada em foco foi que, como em outros países em desenvolvimento, ainda não existe no Brasil qualquer estrutura de suporte ao idoso frágil, de idade muito avançada. Esta fragilidade é particularmente problemática quando leva à incapacidade e os sistemas de saúde e previdenciário não satisfazem as necessidades do cidadão idoso.

A perspectiva teórica desta abordagem é a existência de uma “Quarta idade” (idosos cuja incapacidade funcional chegou ao limite da possibilidade de reversão). A incapacidade funcional se define pela presença de dificuldade no desempenho de certas atividades da vida cotidiana ou mesmo pela impossibilidade de desempenhá-las.

O envelhecimento tornou-se parte de um estilo de vida. Uma categoria que sintetiza este estilo de vida é a chamada “Terceira Idade”. Resumindo, este pode ser descrito como um movimento baseado no empoderamento das pessoas através da luta contra estereótipos e preconceitos contra idosos e por melhores condições de vida. Estes novos valores associados com a terceira idade tem sido promovidos como uma reação contra as imagens de idosos dependentes e carentes de cuidados. Tais imagens são consideradas agora a representação da “quarta idade”.

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