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Racismo institucional afeta o acesso de negros aos serviços de saúde

Adriana Proença, com informações do UOL

Foto de Charlotte May no Pexels

O racismo institucional, aquele enraizado nas estruturas das organizações públicas e privadas, limita o acesso da população negra a direitos, inclusive aos serviços de saúde, afetando diretamente a expectativa e a qualidade de vida dessa parcela da população. Essa relação direta foi tema da matéria Vida Negras Importam?, publicada pelo portal UOL em 18 de fevereiro e que contou com a participação de abrasquianas e abrasquianos membros do Grupo Temático Racismo e Saúde (GT Racismo/Abrasco).

“Os pacientes negros podem demorar mais para ser atendidos; as consultas acontecem sem contato físico ou diálogo olho no olho”, afirma o abrasquiano Altair Lira, mestre em saúde coletiva, professor da UFBA (Universidade Federal da Bahia), que estuda as barreiras enfrentadas pela população negra no campo da saúde.

Dados do próprio Ministério da Saúde corroboram a fala do pesquisador. De acordo com levantamentos realizados pela pasta em 2017, 69,5% dos negros entrevistados tinham passado em uma consulta no último ano, enquanto entre os brancos o percentual era de 74,8. A mesma pesquisa mostrou 38,2% dos negros tiveram acesso a dentista nos últimos 365 dias, ante a 50,4% da população branca.

E as diferenças não param por aí: mulheres negras têm duas vezes mais chances de morrer devido às complicações na gestação, parto e pós parto, segundo pesquisas do Ministério da Saúde e da Fiocruz. “Muitas mulheres negras, por exemplo, sentem medo de procurar atendimento médico por receio de serem maltratadas ou incompreendidas”, lamenta Emanuelle Góes, integrante do GT Racismo/Abrasco e doutora em saúde pública e pesquisadora da Rede Covida.

Confira a matéria completa divulgada pelo UOL aqui.

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