“A ciência tem uma linguagem própria, é um mundo apartado. Mas a pandemia fez com que os cientistas fossem em direção à população de uma maneira como jamais tinham ido, modificando a percepção pública da ciência”, afirmou Reinaldo Guimarães, vice-presidente da Abrasco e pesquisador do NUBEA/UFRJ, em entrevista ao Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz Antonio Ivo de Carvalho (CEE-Fiocruz).
O pesquisador abordou alguns dos efeitos da Covid-19 sobre todo o mundo, e afirmou que, apesar da tragédia sanitária, o Brasil só não teve um colapso total por causa do Sistema Único de Saúde. Segundo Reinaldo, a desigualdade social se aprofundou, e as consequências da crise persistirão por muito tempo, mesmo após a Organização Mundial de Saúde decretar o fim da pandemia: “Se analisarmos marcadores de gênero, etnia/raça e classe, veremos que a desigualdade se mostrou de uma maneira brutal, muito mais do que aquilo que se poderia chamar de uma perspectiva normal”.
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