Reinaldo Guimarães, professor do Núcleo de Bioética e de Ética Aplicada da Universidade Federal do Rio de Janeiro e vice-presidente da Abrasco, foi um dos convidados do programa Live das 5, do Diário do Centro do Mundo. Em pauta, o Sistema Único de Saúde (SUS) e a pandemia.
Guimarães destacou a mudança acentuada no plano simbólico da importância do SUS em grandes grupos populacionais durante a pandemia e que as camadas médias puderam perceber que “o SUS não é um sistema de Saúde para os pobres”.
Aprofundando sobre a questão, o pesquisador ressaltou que as UTIs públicas e os procedimentos de alta complexidade do sistema estão sendo muito mostrados na imprensa durante a crise sanitária, e que hoje “o SUS praticamente não tem mais adversários”.
Entretanto, Guimarães pontuou o aparecimento de segmentos que se colocam como defensores do SUS, mas que põem “algumas vírgulas nesse processo de defesa, dizendo que o SUS é muito importante, mas que precisa se modernizar, ter um choque de gestão”.
Para o professor, a ideia destes segmentos é que o problema do SUS não é seu crônico subfinanciamento, mas sim uma gestão perdulária e pouco inteligente, enfatizando que “isso não quer dizer que o SUS não tenha problemas de gestão, claro. Desde sua criação, em 1990, o SUS vive na adversidade”.
Veja na íntegra o programa com a participação de Reinaldo Guimarães: