Paulo Buss, ex-presidente da Fiocruz e integrante do Comitê de Relações Internacionais da Abrasco, concedeu entrevista ao jornal Valor Econômico e afirmou que o grupo do Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mesmo com três grandes produtores de vacinas e dois países com boa capacidade na área, “não agiu politicamente para equilibrar a distribuição de imunizantes entre os países ricos, emergentes e pobres”.
Na entrevista, o abrasquiano e atual coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz (CRIS) disse que o Brasil está “muito mal visto na comunidade internacional”, pois “mudou radicalmente da posição histórica de propositor de políticas solidárias em saúde para algo definido pelo presidente e pelo ex-chanceler [Ernesto] Araújo, de alinhamento automático aos Estados Unidos de [Donald] Trump”.
Buss pontuou ainda que a situação ‘melhorou’ com a chegada de Carlos França, ministro das Relações Exteriores e de Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, e que o mês de maio é decisivo para o país recuperar espaço internacional, por conta da Cúpula Global de Saúde do G20 e a Assembleia Mundial de Saúde da Organização das Nações Unidas.
Leia a entrevista de Paulo Buss ao Valor Econômico na íntegra (para assinantes).