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Relatos de um caravaneiro da Abrasco na Bacia do rio Doce

Movidas pelo sentimento de justiça e indignação e alimentadas pela vontade de transformar o modelo de sociedade e de desenvolvimento de nosso país, mais uma vez evidenciado pelo desastre-crime ocorrido com o rompimento da barragem de Fundão em 05 de novembro de 2015, dezenas de organizações decidiram realizar a Caravana Territorial da Bacia do rio Doce, tanto como forma de denúncia da falta de comprometimento das empresas responsáveis, as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton como uma ação exploratória, civilizacional, conscientizadora e solidária, indo ao territtório fazer um real levantamento e ver os processos de saúde-doença e de desenvolvimento predatório in loco.

O processo de participação e fortalecimento das ações conjuntas entre academia e movimentos sociais compõem a proposição do SIBSA em Movimento, a construção de uma agenda permanente de produção de conhecimento e articulação com movimentos sociais a partir dos conflitos e alternativas presentes em territórios específicos que são emblemáticos para a saúde coletiva e as conquistas sociais, fruto das deliberações do 2º Simpósio Brasileiro de Saúde e Ambiente (2ºSIBSA), realizado em Belo Horizonte em outubro de 2014.

Ao longo desse processo, a Abrasco esteve representada, dentre outras pessoas, por Marcelo Porto Firpo, coordenador do Grupo Temático Saúde e Ambiente (GTSA/Abrasco). Junto com outros 40 caravaneiros, homens, mulheres e jovens de várias organizações, o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca integrou a rota 1, que percorreu as cidades de Desterro de Melo, Paula Cândido, Araponga, Viçosa, Ponte Nova e culminando em Governador Valadares na quinta-feira, dia 15/4. Foram dias de caminhada, de descobertas, de desafios que o pesquisador condensou no documento Relatos de um caravaneiro da Abrasco na Bacia do rio Doce.

Ao longo das quatro rotas, a Caravana reuniu mais de 500 pessoas, entre caminhantes, moradores e equipes de apoio, todas mobilizadas por um ou mais aspectos traçados e trazidos pela atividade. Além de Firpo, participaram os pesquisadores André Búrigo (EPSJV/Fiocruz) e Ary Miranda (ENSP/Fiocruz), ambos também do GTSA/Abrasco; Aline Azevedo, (Ministério da Saúde), indicada pelo GT Saúde do Trabalhador/Abrasco, e Danielli Costa, pesquisadora do grupo Tramas (UFC). Acesse o texto completo e confira as fotos nas mídias sociais.

+ Leia a Carta Política da  Caravana Territorial do rio Doce na íntegra

+ Entrevista com Marcelo Firpo: “A Caravana do rio Doce fará denúncia e mostrará alternativas ao desenvolvimento predatório

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