País com maior número de farmácias em todo o mundo, com mais de 50 mil pontos de venda registrados, o Brasil, que também tem na auto-medicação um dos hábitos de sua população, agora encontrou uma nova maneira de comprar medicamentos: pela internet. É o que demonstrou uma pesquisa realizada por Sueli Aparecida Souza Kurihara, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária de São Paulo, revelando que os medicamentos para uso próprio compõem o segundo item de importação por remessa postal na maioria dos estados brasileiros, atrás apenas de alimentos para uso próprio. Geralmente, os medicamentos são encomendados do exterior via internet e entregues pelos correios.
Os dados do trabalho, referentes ao período de janeiro a setembro de 2005, foram apurados nos relatórios de importações de medicamentos, por remessa postal, da Agência Central da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, no Estado de São Paulo. O estudo alerta sobre a necessidade de controle sanitário dos medicamentos importados por remessa postal, devido aos riscos potenciais à saúde, como: super-dosagem de medicamentos ditos para uso próprio e prescrição por períodos mais longos que o necessário.