A pandemia de Covid-19 mudou o modo como interagimos com o mundo. É possível perceber uma nova forma de se relacionar com a casa, com o trabalho, com a família e com os amigos. Essa transformação social gera efeitos até então desconhecidos para pesquisadores e estudiosos das ciências sociais e humanas em saúde. A fim de contribuir com a produção científica da área, no contexto da crise sanitária, a Abrasco lançou, em julho, o Repositório Ciências Sociais e Humanas da Saúde e a Covid-19.
O projeto identifica as produções mais relevantes desenvolvidas por docentes e discentes atuantes nos programas de pós-graduação e graduação da área de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, em toda sua diversidade: artigos, capítulos, podcasts, participação em lives, manifestos artístico-culturais, projetos de extensão. A Comissão de CSHS da Abrasco realiza a curadoria do acervo, permitindo que sua consulta seja mais acessível para toda a comunidade acadêmica, estudantes e profissionais.
Para Rui Harayama, um dos coordenadores da Comissão, o repositório é um retrato plural da resposta das Ciências Sociais e Humanas durante a pandemia. “Dada a sua pluralidade, temos contribuições em formato de artigos, livros, notas técnicas, intervenções artísticas e inovações de ensino no contexto do novo coronavírus.”, afirma. Apesar da ampla circulação entre a comunidade científica, Rui destaca que ainda há muito espaço para crescimento e contribuições dos diferentes programas e pesquisadores da área.
Mais de 60 contribuições de todo o Brasil dão corpo ao repositório, que funciona como uma vitrine importante para os pesquisadores da área. “Ao transformar-se em um ponto de encontro digital, o repositório possibilita que pesquisadores se articulem e formem uma rede de criação e inspiração para a atuação da área das Ciências Sociais e Humanas em Saúde. Ele também cumpre um importante papel de documentar as ações já realizadas, tornando-se um documento de memória.”, afirma o pesquisador.