Sobre o artigo ‘Grupo de Acesso’ da professora Ligia Bahia, publicado no jornal O Globo de 16 de fevereiro, o presidente do Sindhosp – que representa a entidade e os prestadores de serviços de saúde privados de São Paulo e da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo, Yussif Ali Mere Jr., enviou carta opinativa sobre o investimento de capital estrangeiro na saúde do Brasil.
Veja a opinião de Yussif:
“No texto “Grupo de Acesso” (16/02) a colunista Ligia Bahia atira para todos os lados, mas não acerta o alvo. Não existe país no mundo com mais de 100 milhões de habitantes (já somos 200 milhões!) que pretenda fornecer acesso universal: o custo da saúde é muito alto, a conta viveria no vermelho, sangrando ainda mais nosso desmazelado Brasil. Ser contra a entrada de capital estrangeiro na saúde é ser contra a melhoria e o desenvolvimento da medicina e, pior, ter uma miopia grave para o que mais importa: qualidade assistencial para cada cidadão brasileiro.”
No dia seguinte, 21 de fevereiro, o Globo publicou resposta de Ligia Bahia para o representante das entidades e dos prestadores de serviços de saúde privados de São Paulo:
“O capital estrangeiro na saúde não é a solução e nem um pecado. O texto concentra-se em criticar a aprovação de normas polêmicas que afetam o sistema de saúde sem discussão prévia, até mesmo nos fóruns do próprio governo. Igualar direitos sociais a commodities pode ser um tiro no pé para os empresários da saúde em busca de fundos internacionais. O parecer da Advocacia Geral da União – AGU que explicita a inconstitucionalidade da nova legislação e a recessão econômica são sinais negativos para os investidores.”