Com o tema “Mulher e mãe: agravos à sua saúde e bem-estar”, a edição de agosto de 2025 da Revista Ciência & Saúde Coletiva reúne artigos que abordam os desafios enfrentados por mulheres, em especial as que são mães, no que tange ao cuidado, às condições de vida e ao impacto de diferentes formas de vulnerabilidade. As pesquisas apresentadas neste número investigam problemáticas que se entrelaçam: desigualdades socioeconômicas, gênero, raça, condições de trabalho, ambientes sociais e culturais, além das implicações da maternidade sobre a saúde física e mental.
Os artigos presentes evidenciam como diferentes formas de agravo, sejam elas decorrentes de barreiras de acesso ao cuidado, sobrecarga de responsabilidades domésticas, discriminação de gênero ou de raça, violência, ou saúde mental, se combinam, afetando o bem-estar das mulheres mães. Também se destacam estudos que refletem sobre políticas públicas direcionadas para este grupo, apontando lacunas e possíveis caminhos para mitigação desses agravos.
A pesquisadora Wilza Villela, que assina o editorial da edição, destaca a importância dos artigos para que os leitores possam refletir e se aprofundar na temática. “Os artigos reunidos neste número temático oferecem ao leitor uma oportunidade de refletir sobre as contribuições do setor saúde no processo de ressignificação da maternidade e do corpo das mulheres. Seja apontando as ambiguidades em práticas que acabam por reforçar representações de gênero, etarismo e capacitismo, seja apontando as articulações entre saúde mental e violência por parceiro íntimo no processo gestacional”, escreveu.
Confira alguns artigos da edição:
Neste artigo, os pesquisadores analisaram as campanhas preventivas do câncer no colo do útero (CCU) e de vacinação de papilomavírus humano (HPV) desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde.
Mortalidade por câncer de mama feminino atribuível ao sobrepeso e obesidade no Brasil
O estudo avaliou a mortalidade por câncer de mama feminino atribuível ao sobrepeso e obesidade e estimar o número de mortes evitáveis com a redução do Índice de Massa Corporal no Brasil.
A pesquisa analisou o efeito da idade, período e coorte (APC) na mortalidade por câncer de ovário nas regiões Sul e Nordeste do Brasil.
