O tema da mesa-redonda era Conquistas e Desafios da editoração de revistas científicas de Saúde Coletiva no Brasil, com debate entre Abel Packer e Cecília Minayo e mediação de Regina Coeli, no qual discutiram as estratégias de ranqueamento e viabilidades financeiras das publicações e a relação entre pareceristas e editores. No entanto, naquele 31 de julho, durante o 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva – Abrascão 2015 – tão aguardado quanto o debate foi a homenagem aos 20 anos da revista Ciência & Saúde Coletiva – Confira a Galeria de Imagens – é só passar as fotos pelas setas nas laterais.
A sessão celebrativa foi iniciada por Luis Eugenio de Souza, presidente da Abrasco. “Ao longo desses anos, acompanhamos o sucesso e o fortalecimento da revista da Abrasco, e estamos aqui para essa homenagem e para desejar muitas outras alegrias, sempre garantindo este espaço de qualidade para as pesquisas e textos do campo, e para irmos além, na ideia de fazer da Ciência & Saúde Coletiva um mega journal da nossa área”, afirmou Luis Eugenio.
Emocionada, Cecilia Minayo agradeceu as palavras e iniciou as homenagens à equipe que juntamente com ela e com Romeu Gomes, também editor, oferecem à Ciência brasileira e internacional uma das publicações de maior referência da grande área da Saúde. “Temos um grupo que tem formação acadêmica, o que garante a qualidade de nossa publicação, mas não é só. Todos que trabalham foram contagiados por essa energia de amor e carinho que é produzir a Revista, da qual me orgulho muito”.
Uma a uma, as colaboradoras antigas e atuais foram chamadas à mesa, antecedidas por belíssimas palavras de Cecília e, das mãos dela, de Luis Eugenio e de Hebe Patoléa, gerente da Abrasco, receberam placas comemorativas como forma de agradecimento e de carinho pelos serviços prestados.
Logo no início, Cecília destacou o trabalho de Romeu Gomes, que assim como ela é editor científico da C&SC e também pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) e não pôde estar presente no Congresso devido a compromissos em São Paulo. “Ele é um companheiro inseparável. Levanta às 5 horas para trabalhar pela manhã dedicado à revista, no atendimento aos autores e pareceristas, um grande volume de trabalho”.
Não houve quem não se emocionou com o agradecimento de Lilia Maria Vicentin, a primeira assistente editorial da publicação, hoje já aposentada, mas que fez questão de estar presente à cerimônia. “Foi na Revista que me realizei profissionalmente. Vinha da Secretaria da ENSP e me apaixonei, vendo a Ciência & Saúde Coletiva nascer nas mãos da Cecília e do Peco (Péricles da Costa)”.
Danuzia Rocha, que começou como aluna de iniciação científica na área de biblioteconomia, já fez seu mestrado em Ciência da Informação e parte para se aventurar no doutoramento, sempre tendo como fonte de trabalho, de estudo e de inspiração a Revista. “A Cecília é uma mãe, além de excelente profissional. O sonho dela para o presente e o futuro da Ciência & Saúde Coletiva é o nosso sonho, o sonho de toda a Abrasco”.
Raimunda Mangas, a Rai, é a atual editora executiva e responsável pela a finalização do material editorial, da capa às últimas páginas, deixou adiantado o fechamento do número de agosto para participar da homenagem. “Não era da área da Saúde Coletiva, fui cobrir férias e aqui fiquei. Brigo pelo trabalho ser sério. Somos todos muito felizes por trabalhar na Ciência & Saúde Coletiva”.
Telma Freitas, também editora executiva, é especializada em Direitos Humanos com formação em Literatura, “auxilia o Romeu naquele vai e vem terrível que é o trabalho com os pareceristas”, nas palavras de Cecília, também estendeu sua homenagem à família C&SC. “Só tenho a agradecer a essa equipe maravilhosa”.
Luiza Gualhano é a integrante mais nova da equipe, “de uma concentração fora do comum e extremamente atenta às questões de plágio na hora da revisão”, nas palavras de Cecilia. “São 20 anos de trabalho e estou na equipe há apenas três, mas fico muito feliz de ajudar nessa história. Damos o nosso melhor para a qualidade da revista”.
Ao final, foi a vez de Cecília ser homenageada e receber das mãos de Luis Eugenio e de Ethel Leonor Noia Maciel, vice-presidente da Associação, a escultura do Ipê Amarelo, da artista capixaba Ana Paula Castro. “Cecília, assim como a flor do Ipê é o símbolo do Brasil, você é a flor da Saúde Coletiva. A madeira do Ipê é pau para toda a obra, utilizada em obras públicas, devido sua resistência, e na movelaria, devido a sua maciez. Com essa homenagem, queremos agradecer a todo o empenho e a mulher que você simboliza dentro do nosso campo”, falou Ethel, que emocionou a todos e arrancou palavras comovidas e divertidas de Cecília.
“Para mim, é um momento de reconhecimento que nenhum dinheiro do mundo paga, pois dinheiro a gente não tem mesmo, né pessoal. Só tenho a agradecer a todos vocês por essa alegria que move minha vida”, encerrando suas palavras seguida por uma calorosa salva de palmas. Vida longa à Ciência & Saúde Coletiva.