O Conselho Diretivo Nacional do Forosalud, em Lima, no Peru, anunciou a retomada da greve nacional da Saúde no País por uma reforma urgente do sistema e pelo direito à saúde. A FMP e a representação médica nacional, incluindo a ESSALUD anunciaram a paralisação juntas com a FENUTSSA. Outras alianças já estão sendo definidas ainda esta semana para fortalecer a retomada de greve. O primeiro ponto que motiva a mobilização é a luta pela “Reforma da Saúde Real”, já que não há consenso sobre a necessidade levantada pela Forosalud em alcançar essa reforma.
A decisão pela paralisação foi discutida e avaliada por diversas vezes na Coordenação Nacional do Fotosalud já dentro de um processo de reforma que começou em agosto de 2013 e fevereiro de 2014. A entidade declara que não pode permanecer neutra diante da situação crítica que passa o sistema de saúde do Peru. “Hoje, a oportunidade é propícia para exigir muito mais firmemente o pleno exercício do direito à saúde a ser construída com a participação de todos os atores sociais aliança”, afirma o documento divulgado no início desta semana.
Além da necessidade de um trabalho digno na saúde, a Forosalud destaca a incorporação de demandas sindicais (condições essenciais de trabalho e remuneração adequada). Para a entidade, essas são demandas-condição para um sistema de saúde de acordo com os direitos dos peruanos. “Durante esses meses, fizemos todo o possível para processar, visível e propor um sistema de saúde universal para o direito à saúde, como indicado na nossa declaração de política e nosso acúmulo histórico, em questionar e criticar uma ‘reforma’ que nós não a consideramos porque distorce o significado do direito, e é igual à intervenção pública com a iniciativa privada, a entrada e as demandas da sociedade em geral e dos trabalhadores em particular”, disse Alexandro Saco, membro da Forosalud.
O movimento é a organização social que tem procurado influenciar o Século XXI no Peru pela reforma para o direito à saúde. Está previsto, para breve, um relatório que está sendo desenvolvido pelo Forosalud da última reunião do Conselho Nacional de Saúde, onde o presidente da CNS defendeu abertamente o setor privado. Segundo o Forosalud, o setor privado vem se apropriando e distorcendo o significado do que é uma reforma de saúde. “Nosso sistema de saúde excludente, discriminatório, subfinanciado, com má gestão e corrupção é produto de um processo que se enquadra no enfraquecimento do público. Defender a saúde hoje é se opor às meias-verdades que o governo apresenta”, ressalta Saco.