O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro foi esfaqueado em um ato público, em Juiz de Fora (MG) no último dia 6. Imediatamente foi atendido e submetido a uma cirurgia, na Santa Casa de Misericórdia da cidade. A instituição é filantrópica – atende pacientes gratuitamente mas recebe repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) – e está em crise financeira. O caso é mais um exemplo de que, ainda que o cidadão seja usuário de planos de saúde privados, é necessário defender o SUS como um direito comum: absolutamente todos precisam de um sistema de saúde público e de qualidade.
Leia trechos da matéria do Jornal do Brasil sobre, publicada no último domingo (9/09):
Responsável pelo primeiro atendimento e pela cirurgia a que o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro foi submetido, depois de ser esfaqueado em um ato público em Juiz Fora (MG), no último dia 6, a Santa Casa de Misericórdia engrossa o número de entidades filantrópicas que relatam dificuldades financeiras. Uma das principais razões apontadas para esse problema é a defasagem da tabela de repasses do Sistema Único de Saúde (SUS).
Mais de 70% dos atendimentos realizados pelo hospital no ano passado foram destinados a pacientes do SUS. Este também foi o caso do tratamento oferecido a Bolsonaro, que ocupou um dos 523 leitos da casa antes de ser transferido para São Paulo. A Santa Casa completou 164 anos 30 dias antes de receber o presidenciável e relata prejuízos relacionados a repasses do SUS que ultrapassam R$ 27 milhões, segundo levantamentos de 2017.
“Nos últimos oito anos [a instituição] conseguiu aumentar o faturamento, apesar do alto custo dos serviços, somado pela não atualização das tabelas do SUS”, destacou em nota a assessoria da Santa Casa que recebe pacientes de 96 municípios da macrorregião sudoeste de Minas Gerais.
Com título de Hospital de Ensino, em função da formação de novos profissionais pelos programas de residência médica – a Universidade Federal de Juiz de Fora oferece curso de Medicina –, a instituição tem um quadro de 850 médicos e dois centros cirúrgicos. “Por ano, são realizados mais de 780 mil exames de análises e imunologia e 86,2 mil consultas de urgência e emergência, quase 20 mil cirurgias”, informou o órgão.