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Saúde Coletiva e democracia em debate na Virada da Independência

Representantes da Abrasco participaram da Virada da Independência

Para marcar os 200 anos de independência, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realizou a “Virada da Independência” da tarde do dia 6 de setembro até o fim da tarde do dia 7. Representantes da Abrasco participaram debatendo as formas que a saúde coletiva, enquanto ciência, pode contribuir para a soberania e autonomia nacional. As atividades aconteceram online e estão disponíveis no canal da SBPC no Youtube.

O evento refletiu sobre como a ciência pode contribuir para a soberania e independência nacional e se o Brasil é um país soberano e independente. Dezenas de depoimentos, conferências, mesas-redondas, painéis e atividades culturais, com participação de diversas entidades, integraram programação. 

A presidente da Abrasco, Rosana Onocko, abriu o debate lembrando que a Saúde Coletiva é uma ciência autóctone e brasileira por essência, que surge do encontro das ciências sociais e humanas aplicadas à saúde e por isso, tem um papel importante na consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) e no fortalecimento das instituições de ensino. “A Saúde Coletiva é um campo que cresce com o desafio de estar à altura de um ponto crítico brasileiro.”, afirma.

Para o vice-presidente da WFPHA e ex-presidente da Abrasco (2012-2015),  Luis Eugênio, o Brasil cumpriu um papel muito importante de modificar as noções de saúde pública ao criar o campo da Saúde Coletiva. “Ela tem uma contribuição enorme a dar ao desenvolvimento nacional, não apenas para o Brasil, mas ao desenvolvimento de todas as nações e ao desenvolvimento de um mundo mais igual, de um mundo onde todos possam viver em condições dignas de vida e em boas condições de saúde.”, garante. 

Diana Anunciação, integrante da Diretoria e do GT Racismo e Saúde/Abrasco chamou atenção para como o momento atual é crítico para a noção de soberania nacional. Se por um lado a Constituição de 1988 garante que é dever do Estado promover “ o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”, por outro, pensar exclusão social no Brasil requer olhar para grupos que não foram nem incluídos na  noção de cidadania, como os povos originários e a população negra. “No momento em que políticas públicas inclusivas e de ações afirmativas começam a ser instituídas, essas populações passam a ser incluídas.”, afirma. Para a pesquisadora, no cenário atual “pensar a soberania é pensar também como essas desigualdades sociais enfraquecem a perspectiva interna de um país fortalecido.”

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