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Saúde do trabalhador e tecnologia em evidências são temas de oficinas

Organizada pelo GTST, a oficina Política Nacional de Saúde do Trabalhador reuniu cerca de 100 participantes que debateram a situação da área dentro da agenda do SUS e novos espaços de inserção. O histórico nas políticas do Estado brasileiro e os problemas dos Conselhos Municipais de Saúde na visão dos representantes dos trabalhadores foram apresentados pela professora Rosangela Minardi Cotta, da Federal de Viçosa. “É papel nosso pensar formas de articular a saúde do trabalho como busca da liberdade com desenvolvimento humano e o constante aperfeiçoamento das capacidades.

Na sequência, os professores Elizabeth Costa Dias (UFMG) e Augusto Fachini (UFPel) mostraram como o tema vem sendo abordado pelo governo atual e apontaram avanços necessários. “Temos de colocar o tema do trabalho no território, ou seja, nas ações das equipes da Saúde da Família e em demais pontos da Atenção Primária” destacou Elizabeth. Já para Fachini, é necessário o fortalecimento do debate intersetorial. “A saúde do trabalhador e, por extensão de toda a população, deve constar das políticas para o transporte público, habitação, agricultura e educação”. Ao final, o professor Michel Marie Le Ven trouxe o debate sob a luz da atividade contemporânea, na qual a exploração do trabalho perpassa todos os momentos do dia e que exige novas visões. “Nesse mundo em que ninguém tem tempo, temos de fazer os trabalhadores ser sujeito da sua própria saúde”.

 

A plataforma EVIPNet Brasil, integrada à rede internacional para políticas informadas por evidências, foi apresentada numa oficina que contou com mais de 90 participantes. Os palestrantes Nathan Souza e Rosemeire Rocha Pinto detalharam como se apropriar da ferramentas de transferência de conhecimento: da definição de prioridades para políticas públicas, passando pelo levantamento de evidências sistematizada em bancos de dados para auxiliar a tomada de decisão dos gestores e proporcionar a realização de diálogos deliberativos. “É uma ferramenta de máxima relevância à medida que contribui para a formulação e implementação de políticas do SUS a partir da concentração de revisões sistemáticas e sínteses de evidências”, disse Souza, do departamento de ciência e tecnologia (Decit) do Ministério da Saúde.  O resultado foi aprovado. “Foi muito interessante, pois trouxe uma dimensão prática de como evidências científicas podem contribuir para o processo de decisão em políticas públicas”, avaliou Cesar Augusto Paro, residente em Saúde Coletiva do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC/UFRJ) e participante da oficina.

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