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Saúde nas favelas: chamada de R$ 5,5 milhões para organizações sociais é lançada

Começam já em 2024 as inscrições para a chamada pública de R$ 5,5 milhões voltada para organizações sociais que mantêm projetos de promoção à saúde em favelas do Estado do Rio de Janeiro. O lançamento foi nesta quarta-feira (20), num evento na quadra da escola de samba da Mangueira, no Rio de Janeiro (RJ). A iniciativa faz parte do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, uma parceria da Fiocruz, Abrasco, UFRJ, Uerj, PUC-RJ, SBPC e Alerj. Interessados terão de 2 de janeiro a 2 de fevereiro para enviar os projetos.

Na quadra da “Verde e Rosa”, lideranças de mais de 90 organizações marcaram presença e receberam o diploma de Direitos Humanos, uma homenagem pelos trabalhos realizados. O evento contou com representantes dos ministérios da Saúde, dos Direitos Humanos e da Cidadania. A celebração ainda teve muito samba, que ficou por conta da bateria da Mangueira.

O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, presente no lançamento da iniciativa, destacou que a chamada pública é um compromisso e um passo significativo na promoção da saúde. “O evento não apenas celebra este importante trabalho coletivo, mas também fortalece e renova o nosso compromisso com o acesso à saúde e ao bem-estar social”, afirmou.

O pesquisador da ENPS e membro do Conselho Deliberativo (CD) da Abrasco Carlos Machado de Freitas participou da cerimônia de lançamento e destacou o importante papel da Abrasco nesse projeto. “O Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro foi criado durante a pandemia de Covid-19 e a Abrasco, que já tinha participado com diversas entidades na elaboração do Plano Nacional de Enfrentamento à Pandemia da Covid-19, apoiou esta iniciativa desde o início”, declarou.

Com a chamada pública, a primeira deste tipo, serão contemplados projetos de até R$100 mil realizados por organizações. O objetivo é que, a partir de meados de 2024, o edital abarque pelo menos 55 projetos. A iniciativa deseja promover ações que articulem o direito à saúde e outras questões, bem como ações de segurança alimentar e nutricional; comunicação e informação em saúde; ampliação do direito ao saneamento básico; educação e promoção da saúde nas escolas, por exemplo.

Sobre o Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro

Criado durante a pandemia da Covid-19, o projeto, inicialmente, tinha o objetivo de auxiliar famílias em territórios vulneráveis durante a emergência sanitária e contribuir com o Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa é uma parceria da Fiocruz, Abrasco, UFRJ, Uerj, PUC-RJ, SBPC e Alerj. Entre as ações realizadas estão: construção de cozinhas comunitárias; distribuição de cestas básicas; atividades de reforço escolar; treinamento profissional; formação de grupos terapêuticos; projetos para o desenvolvimento da agroecologia; e iniciativas de comunicação.

No total, até novembro de 2023, foram 325 mil pessoas beneficiadas em 90 projetos apoiados em 18 municípios, 136 favelas e territórios de periferias, com 135 visitas aos projetos e 400 toneladas de alimentos distribuídos.

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