Pesquisar
Close this search box.

 NOTÍCIAS 

Seminário “Carreiras no SUS: obstáculos e alternativas” discutiu caminhos, perspectivas e desafios da atuação profissional no SUS

Comunicação Abrasco

Os caminhos, perspectivas e desafios da atuação profissional no SUS foram amplamente discutidos no seminário Carreiras no SUS: Obstáculos e Alternativas, uma iniciativa da Abrasco e da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz), que ocorreu nesta segunda-feira (11), no auditório Térreo da ENSP. Ao longo do dia, o evento reuniu professores, pesquisadores, gestores, estudantes e profissionais. O encontro encerrou a série de três seminários, pensada em parceria com o Observatório do SUS, que debateu nas edições anteriores o financiamento do SUS e a regionalização da rede.

Na abertura das atividades, o vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da ENSP, Eduardo Melo, destacou a importância do encontro para apontar caminhos que fortaleçam a carreira dos profissionais e, consequentemente, o SUS. “Esse seminário de carreiras tem uma importância adicional, afinal, as carreiras no SUS são necessárias para garantir a continuidade de grandes políticas, que dependem da presença dos profissionais. Examinar essas questões é  tentar construir alternativas que reforcem a perspectiva das carreiras públicas no SUS”, detalhou. 

A programação do seminário foi dividida em dois momentos: mesas-redondas pela manhã e oficinas temáticas pela tarde. Essa organização foi pensada com o objetivo de consolidar as discussões, coletivas, plurais e participativas, na redação de um relatório com os elementos debatidos e alternativas e soluções para as problemáticas identificadas.

A presidente da Abrasco, Rosana Onocko Campos, enfatizou o potencial de contribuição que os relatórios técnicos dos seminários oferecem ao SUS: “Já conseguimos ter relatórios muito interessantes de cada um dos seminários e teremos um material muito bom ao final. Isso é importante, pois temos condições sim de fazer o SUS caminhar e criar instrumentos práticos para melhorar a vida da população brasileira”, declarou. 

O diretor da ENSP, Marco Menezes, destacou que abordar as carreiras do SUS também é uma forma de debater a regionalização e o financiamento, e apontou a importância do relatório técnico que será elaborado como um esforço para garantir dignidade aos trabalhadores do SUS. “Precisamos fortalecer junto aos movimentos sociais, para que esses documentos capilarizem o debate. É o momento de discutir as carreiras no SUS contra a privatização, a ‘pejotização’ e pela valorização dos profissionais”, afirmou. 

Na mesa “Carreiras no SUS: viabilidade e desafios”, a discussão, coordenada pela pesquisadora da ENSP/Fiocruz Marcia Teixeira, se aprofundou sobre a viabilidade e desafios na carreira do SUS e abarcou não só a fragilização dos vínculos profissionais e precarização do trabalho, bem como a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Os debatedores convidados foram a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Isabela Cardoso de Matos Pinto; o professor associado do Instituto de Medicina Social da UERJ, Ronaldo Teodoro; e o professor e coordenador da Estação de Pesquisas de Sinais de Mercado e do Observatório de Recursos Humanos em saúde da UFMG, Sábado Nicolau Girardi. 

Clique aqui e confira, em detalhes, como foi a mesa “Carreiras no SUS: viabilidade e desafios”

Na sequência, a segunda mesa temática da manhã inaugurou os debates sobre “Alcances e Limites de alternativas e experiências de constituição de carreiras no SUS”. A coordenação foi da pesquisadora e coordenadora do GT Trabalho e Educação da Abrasco, Janete Lima de Castro. Entre os tópicos abordados, houve ênfase na necessidade de plano de carreira e salários, e incentivo ao concurso público como mecanismo de contratação dos profissionais, além da importância do financiamento tripartite para compor as equipes quando necessário. Os palestrantes convidados que contribuíram com a discussão foram o professor da Unicamp e ex-presidente da Abrasco, Gastão Wagner de Sousa Campos; o professor da UFBA, Hêider Aurélio Pinto; e a diretora de Gestão de Pessoas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Luciana de Gouvêa Viana.

Clique aqui e confira, em detalhes, como foi a mesa “Alcances e Limites de alternativas e experiências de constituição de carreiras no SUS”

O período da tarde foi reservado para as oficinas com grupos de trabalho, para aprofundamento das discussões e sistematização dos elementos debatidos para compor o relatório técnico do seminário. Os convidados foram separados em três grupos mistos de discussão para debater, com a condução dos coordenadores, cada uma das seguintes questões: “1 – Como pensar o desenho, financiamento e gestão das carreiras no SUS?” e “ 2 – Quais estratégias técnico-políticas podem ser pensadas para avançar a pauta e viabilizar as carreiras no SUS?”.

Clique aqui e confira, em detalhes, como foram as oficinas do Seminário 

Assista na íntegra as mesas que compuseram a programação.

Associe-se à ABRASCO

Ser um associado (a) Abrasco, ou Abrasquiano(a), é apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, mas também compartilhar dos princípios da saúde como processo social, da participação como radicalização democrática e da ampliação dos direitos dos cidadãos. São esses princípios da Saúde Coletiva que também inspiram a Reforma Sanitária e o Sistema Único de Saúde, o SUS.

Pular para o conteúdo