As discussões iniciadas na manhã da última segunda-feira (11) com as mesas “Carreiras no SUS: viabilidade e desafios” e “Alcances e Limites de alternativas e experiências de constituição de carreiras no SUS”, durante o seminário Carreiras no SUS: Obstáculos e Alternativas foram aprofundadas nas oficinas com grupos de trabalho no período da tarde do mesmo dia, para auxiliar na redação final do relatório técnico do Seminário. O evento é uma iniciativa da Abrasco e da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz).
Com o objetivo de tornar a discussão ainda mais plural e produtiva, os convidados foram separados em três grupos mistos. As pesquisadoras da ENSP/Fiocruz Marcia Fausto, Isabela Soares Santos e Mariana Albuquerque conduziram as atividades em cada grupo.
A conversa foi orientada com base nas seguintes questões :“1 – Como pensar o desenho, financiamento e gestão das carreiras no SUS?” e “ 2 – Quais estratégias técnico-políticas podem ser pensadas para avançar a pauta e viabilizar as carreiras no SUS?”.
A presidente da Abrasco, Rosana Onocko Campos, destacou que essa metodologia para o debate foi pensada para aproveitar as discussões ao máximo e celebrou a diversidade de pessoas no encontro. “Conseguimos dentro dos grupos de discussão pessoas que fazem parte do Ministério da Saúde, acadêmicos, representantes sindicais, do CONAS, da OPAS, essa diversidade é muito oportuna”, celebrou.
A pesquisadora Isabela Soares Santos, coordenadora de um dos debates, explica que as duas questões utilizadas possibilitaram valiosas contribuições. “As duas perguntas permitiram pensar quais os desenhos possíveis para o SUS. Na discussão, ficou nítido que a dificuldade de formular esse desenho para as carreiras é muito mais política. É um desafio, mas é preciso apresentar uma proposta”, afirmou.
Já a pesquisadora Márcia Fausto, que conduziu o segundo grupo, destaca o consenso entre os participantes sobre a importância de pensar uma carreira unificada no SUS. “Houve convergências importantes, no que se refere a uma carreira única do SUS com financiamento tripartite e a gestão da força de trabalho. Também a regionalização como algo importante na perspetiva de carreiras”, explicou.
Por fim, Mariana Albuquerque, foi a responsável por conduzir o último grupo de trabalho. A pesquisadora destacou a qualidade do encontro, das discussões e contribuições, que precisam, segundo ela, de ampla divulgação: “que os trabalhos realizados aqui sejam amplamente divulgados para que a sociedade, os gestores, os profissionais e os trabalhadores do SUS possam contribuir”, declarou.
As discussões propiciadas pelas mesas e oficinas do Seminário serão sistematizadas no relatório técnico final do evento, documento que tem como objetivo orientar a formulação de políticas públicas.
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