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Significância e métrica do que é produzido pela Ciência & Saúde Coletiva

Maria Cecília de Souza Minayo e Romeu Gomes

Embora esta edição seja toda dedicada à articulação entre Nutrição e Saúde, neste editorial nos dedicamos a fazer um breve balanço sobre a Ciência & Saúde Coletiva no ano de 2016. Como editores, entendemos que essa avaliação deva ser observada sob duas perspectivas: uma relativa a seu desenvolvimento e papel dentro do campo de saúde; e, outra, sob a ótica métrica.

Editando 12 números anuais desde 2011, Ciência & Saúde Coletiva chegou ao final de 2016 com o volume 21 literalmente em dia, publicando 30 artigos em cada edição e sendo indexada em 22 bases de dados internacionais e regionais, dentre as quais: SciELO, ISI/Thompson, MedLine/PubMed, Scopus e Google Metrics. Recebeu mais de 3500 originais no ano, dos quais, 80% foram rejeitados, evidenciando o rigor das avaliações. Fez ainda um grande progresso na divulgação dos artigos também em inglês na edição online, tendo passado de 39 textos traduzidos em 2014 para 270 em 2016, o que corresponde a 75% do total.

Com foco temático que ecoa os princípios filosóficos e políticos da Abrasco, Ciência & Saúde Coletiva vem subsidiando o debate acerca da implementação do SUS e da promoção da saúde no país. Na biblioteca SciELO/Saúde Pública, em novembro de 2016, estava no primeiro lugar na divulgação de artigos sobre Sistema Único de Saúde – SUS (51% do total), e em segundo na divulgação de artigos sobre “Planejamento e Saúde” (33%) e “Política e Saúde” (30%).

Ao longo de seus 21 anos, a Revista vem apresentando expressiva contribuição para discussão da saúde pública/coletiva nacional e internacional, e ultrapassando fronteiras do mundo acadêmico, pois ela é também utilizada por gestores, profissionais dos serviços, movimentos sociais e formadores de opinião. Por exemplo, nela se destacam edições preparadas para subsidiar o 11° Congresso Mundial de Saúde Pública, ocorrido no Rio de Janeiro em 2006; para as Conferências Nacionais de Saúde; para a II e III Conferências Nacionais de Saúde do Trabalhador; para a comemoração dos 100 anos da Saúde Pública brasileira; para o 10° Aniversário da Conferência Global sobre o Meio Ambiente; para os 20 anos do SUS; para os Cem Anos do Relatório Flexner; e para a Conferência Rio+20. Os títulos de 2016 não deixam dúvidas sobre sua relevância para o setor, dentre os quais citam-se: Avaliação do Programa Mais Médicos; Avaliação dos 10 anos da Política de Promoção da Saúde; Saúde nas Prisões; Análise das Informações da Pesquisa Nacional de Saúde IBGE/MS; O Lugar da Educação Física na Área da Saúde; Deficiência, Família e Sociedade – esses dois últimos acompanhando a realização das Olimpíadas e Paraolimpíadas; O Impacto da Violência no Trânsito na Saúde.

Hoje a Revista está no primeiro lugar em relação a todos os periódicos brasileiros no Google Metrics; ocupa o segundo lugar quanto ao fator de impacto medido pelo JCR entre as 10 principais revistas nacionais da área. Nos últimos três anos medidos pelo SciELO, seu fator de impacto vem subindo ao passar de 0.7556 em 2013 para 0.9642 em 2015. Seu desempenho pode ser comparado ao das duas outras revistas de porte semelhante: Cadernos de Saúde Pública com fator de impacto nos últimos três anos de 0,9931 e Revista de Saúde Pública com 1,0525.

Ao fechar esse ano em que tantas mãos, corações e cérebros ajudaram a dar vida a este importante periódico para a área de saúde e para a ciência brasileira, como editores-chefes, nos cabe agradecer ao Conselho de Política Editorial, aos Editores Associados, ao Conselho Editorial, aos Pareceristas ad-hoc e aos Editores de números temáticos. Mas nosso mais penhorado reconhecimento vai para a equipe executiva da Revista que com garra, persistência, disciplina e dedicação garante ao leitor uma edição nova por mês, arrostando crises e dificuldades conhecidas de todos os que trabalham em divulgação científica no país.

Maria Cecília de Souza Minayo e Romeu Gomes
Editores-Chefes

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