Faltam poucas semanas para a eleição presidencial no Brasil. A fim de promover discussões no âmbito da saúde coletiva, a Abrasco promoveu o debate “O SUS nas eleições: o Brasil que queremos”, no dia 13/9. O encontro foi mais um #EsquentaAbrascão, e reuniu pessoas ligadas a diferentes movimentos para debater os muitos caminhos possíveis para fortalecer a saúde pública.
“O orçamento da saúde indígena foi reduzido em 60% para o ano que vem”, denunciou Ana Lúcia Pontes, coordenadora do GT Saúde Indígena da Abrasco. Ela afirmou que uma das grandes agendas do movimento indígena, que se reflete na saúde indígena, é aldear a política: candidaturas indígenas alinhadas por seus direitos.
Já Alisson Sampaio, da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares (RNMMP), falou sobre as condições de trabalho dos profissionais da saúde. Ele pontuou que, com o fim do Mais Médicos, e a saída dos médicos cubanos, há um deserto de profissionais no país.
”Os trabalhadores da saúde têm vínculos precários, é preciso valorizar, garantir seus direitos. A questão do piso da enfermagem também foi barrada pela pressão do mercado privado da saúde. Lucram com nossas doenças. Dizem que se o piso for aprovado, vão falir. Mas a gente conhece bem as taxas de lucro desse setor que trata saúde como mercadoria”.
Luana Malheiro, da Plataforma Brasileira de Política sobre Drogas e da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionista (RENFA), apresentou a campanha “Você também é vítima” , que divulga a Agenda Emergencial pelo Fim da Guerra às Drogas no Brasil. “Hoje a política de drogas é responsável pelo extermínio de parte da sociedade brasileira”, pontuou.
Também participaram do evento Altamira Simões, Conselheira Nacional de Saúde e Coordenadora da Comissão Intersetorial da Atenção Básica à Saúde (CIABS); Francisco Funcia, vice-presidente da ABrES e consultor técnico da Cofin/CNS; Gabriela Leite, jornalista do Outra Saúde; e Ion de Andrade, professor e pesquisador da Escola de Saúde Pública do RN, membro da Executiva Nacional da Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia (ABMMD).
Isabela Soares Santos, da Comissão de Política, Planejamento e Gestão da Saúde da Abrasco, coordenou o painel.
Assista ao debate completo: