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Temporão defende respeito à ciência, ao SUS e aos profissionais de saúde

Comunicação Abrasco

O ex-ministro da Saúde e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) José Gomes Temporão falou sobre o novo coronavírus ao jornalista Umberto Goularte, da Agência Servidores.

Na entrevista, Temporão traçou um histórico de outras epidemias, ressaltando que somente neste início de século XXI o planeta já passou por outras pandemias, o que mostra o tamanho do desequilíbrio ambiental provocado pelo modo de vida contemporâneo. Porém, nenhuma das ondas globais anteriores tiveram o alto grau de contágio e letalidade que a SARS-CoV-2 apresenta, agravado no Brasil por conta da enorme desigualdade social em nossa sociedade.

Temporão explicou ainda as características do novo coronavírus em comparação com outros vírus, como sua velocidade de transmissão, e o porquê deverá demorar para a fabricação de uma vacina para o mesmo.”No caso do coronavírus, nós até hoje não temos medicamento, não temos vacina e não vamos ter uma vacina em um tempo muito rápido”.

O abrasquiano defendeu também o respeito à ciência, ao Sistema Único de Saúde e aos profissionais de saúde. Para Temporão, o vírus, tão pequeno, teve uma capacidade muito grande de “desnudar contradições e revelar paradoxos” do país. “É preciso destinarmos mais recursos para a ciência. O Brasil tem um governo que nega a ciência, que ataca a ciência, que persegue a ciência, que cortou metade dos recursos do orçamento para pesquisas nos últimos anos”, afirmou.

José Gomes Temporão disse que no mês de maio haverá uma escalada no número de casos e óbitos no Brasil e que há importante subnotificação, principalmente no número de casos, mas também no número de óbitos.

O pesquisador falou ainda sobre medidas protetivas, como isolamento social, uso de máscaras e um “novo normal’, o que não espera para antes de julho. “A normalidade, tal qual conhecemos antes da pandemia, esqueçam! Ir ao cinema, ir ao teatro, ir pro bar tomar alguma coisa com os amigos, fazer grandes confraternizações, estádios de futebol cheios, esqueçam! Isso tão cedo não vai acontecer”, concluiu.

Assista ao vídeo na íntegra.

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