“Não será ao estado que vamos pedir um sistema de saúde, um sistema de vida. Será de nós, que proporemos como queremos. Nós, como sociedade civil organizada, vamos dizer queremos viver – sobre como será a educação, o trabalho, e também como manejaremos os problemas de nossos corpos”, afirmou Julieta Paredes, do Feminismo Comunitário de Abya Yala (Bolívia), no último dia 23.
Ela esteve no painel “Esquenta Abrascão – Refundação dos sistemas de saúde na América Latina e Caribe à luz do pensamento crítico latino-americano – para pensar o caso brasileiro”, juntamente com Gonzalo Basile, Leonardo Matos – ambos do GT Salud Internacional/CLACSO – e Alexsandra Rodrigues de Lima, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Alexsandra pontuou que a saúde é um campo em disputa, onde as forças sociais e políticas buscam a emancipação humana. “Ter saúde é ter a possibilidade de lutar contra tudo o que nos agride. Nós, enquanto povo sem terra, lutamos contra o modelo capitalista médico farmacêutico, vinculado ao agronegócio, e pautamos saúde como dever do Estado”.
O debate contou com ainda com comentários de Adelyne Pereira, da Comissão de Política, Planejamento e Gestão da
Abrasco, e foi coordenado por Leny Trad, do GT Racismo e Saúde/Abrasco. Assista: