No mês de setembro, a Abrasco promoveu um ciclo de debates sobre a questão da Saúde Indígena. Os eventos integraram a programação da Ágora Abrasco e faz parte das estratégias de elaboração do dossiê “Território, Ambiente e Saúde dos Povos Indígenas – vidas e políticas em contínuo estado de emergência”, uma iniciativa conjunta da Diretoria da Abrasco e dos Grupos Temáticos (GT) Saúde Indígena e Saúde e Ambiente.
O primeiro encontro lançou olhar sobre a vigilância da saúde dos povos indígenas, em uma programação que contou com a presença de pesquisadores e lideranças indígenas para falar sobre os impactos do garimpo e do desmatamento na produção de doenças.
O debate contou com a participação de Paulo Basta, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca – ENSP/Fiocruz e Coordenador do grupo de pesquisa “Ambiente, Diversidade e Saúde”; Aldira Akai Munduruku, Vice-Presidente da Associação Indígena Pariri, que representa o povo Munduruku da região do médio rio Tapajós e Alexandre Pessoa Dias, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – EPSJV/Fiocruz e coordenador do GT Saúde e Ambiente/ABRASCO. A Coordenação da mesa foi de Marcelo Firpo de Souza Porto, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca – ENSP/Fiocruz e do GT Saúde e Ambiente da ABRASCO.
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O segundo encontro abordou a ecologia política da contaminação, olhando para seus impactos nos corpos-territórios das populações e na teia da vida. Pesquisadores e lideranças indígenas falaram sobre o mercúrio do garimpo e o agrotóxico nas lavouras que cercam os territórios, atingindo, tambem, quem vive na cidade e se imagina longe das terras indígenas.
Participaram Dário Vitório Kopenawa Yanomami, vice-presidente da Hutukara Associação Yanomam; Diogo Rocha; Marcia Montanari e Felipe Milanez, do GT Saúde e Ambiente/Abrasco e Aline de Souza da Silva , indígena do povo Guarani e UFGD/FAIND/LEDUC. A coordenação foi de Maurício Polidoro, do GT Saúde e Ambiente/Abrasco.
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