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Um ano de pandemia: “Não era para o Brasil estar nesta situação”

Hara Flaeschen

Foto original: Amazônia Real /Raphael Alves

Em 11 de março de 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) caracterizou a Covid-19 como uma pandemia. Desde então, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva , juntamente com entidades da saúde, ciência e organizações da sociedade civil, dedica-se a propor soluções para as autoridades sanitárias e políticas, e mantém diálogo aberto com toda a sociedade.

Gulnar Azevedo e Silva, presidente da Abrasco, afirmou ao jornal O Globo que os números da pandemia – ontem o Brasil bateu o recorde de 2286 mortes em 24 horas – são consequência do “fracasso” do governo federal: “Não era para o Brasil estar nesta situação. Essa quantidade de óbitos é inaceitável. Já vínhamos alertando há muito tempo sobre o crescimento deste índice”. O jornal também destacou que a Abrasco “defende um lockdown de rigor máximo para combater a pandemia no país”.

Segundo Gulnar, é necessário, no mínimo, 14 dias de fortes restrições, para diminuir os casos de infecções. No entanto, a epidemiologista pontua que não há medidas: “Não há sequer uma campanha forte de comunicação mostrando que este momento é gravíssimo, e que só devemos sair de casa em caso de última necessidade”. Leia a matéria “Covid-19: país perde quase cem brasileiros por hora no auge da pandemia”, na íntegra.

Um ano de denúncias e propostas para salvar vidas

Em 16 de março de 2020, a Abrasco – e outras entidades da saúde – publicaram o documento “A pandemia do coronavírus e o Brasil – Carta Aberta à Presidência da República, Governadores e Congresso Nacional”, sugerindo um pacote emergencial para garantir o distanciamento social: incentivos fiscais para empregadores, assistência financeira direta para a população, assim como isenção nas taxas de água e luz, e fornecimento de itens de higiene e alimentos. Hoje, a reivindicação é pela manutenção do auxílio emergencial, sem corte de gastos em outras áreas – como saúde e educação.

Há um ano as entidades já alertavam que era necessário o apoio do Congresso Nacional e do Judiciário para reforçar o financiamento do SUS – revogando a Emenda Constitucional 95, o teto de gastos para saúde e educação. Também frisavam a necessidade do investimento em ciência. Com vacinas já desenvolvidas e comprovadamente eficazes, é preciso garantir vacinação para todas e todos. As mortes são evitáveis: leia as propostas da Abrasco para salvar vidas urgentemente.

Relembre a Carta Aberta à Presidência da República, Governadores e Congresso Nacional, primeiro documento da Abrasco e demais entidades da saúde sobre a pandemia.

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