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Um Estado vulnerador que não olha e não acolhe as diferenças

Bruno Cesar Dias

A violência e toda sua carga desestabilizadora dos indivíduos e das coletividades promovida por um Estado vulnerador, que se desresponsabiliza e ataca, e alimentada por um mercado que segrega, é uma das principais intercessões que atravessam as populações vulnerabilizadas, na sociedade e, consequentemente, nos serviços de Assistência Psicossocial oferecidos pelo SUS. O destaque esteve na fala de todos os participantes do painel “Saúde Mental e Interseccionalidade: como a RAPS está acolhendo a diversidade”, realizado na Ágora Abrasco, em 27 de outubro.

Com coordenação de Monica Nunes, a sessão reuniu integrantes dos grupos temáticos da Abrasco Saúde Mental, Racismo e Saúde, Saúde da População LGBTQIA+ e Saúde dos Povos Indígenas.

O decano Antônio Nery Filho, criador do projeto Consultório de Rua, destacou que a ideia de rede de atenção não é algo que venha apensa de portarias e resoluções. “A construção dessa rede tem tido muitas dificuldades, e que estão na falta de vontade dos operadores dos eixos da RAPS e buscar construir a Rede. Isso não é dado pela portaria, mas sim construída no diálogo, no encontro e na construção do cuidado às pessoas”.

Já Marcos Signorelli abordou que, para o combate das violências, as redes intersetoriais também são fundamentais de serem abordadas e acionadas. “Pensar nos conselhos de direitos, no SUAS, nos conselhos tutelares e colocar esas estruturas em contato na proteção desses segmentos”.

A transmissão contou ainda com as apresentações de Sofia Mendonça e Emiliano de Camargo Davi e com as contribuições de Sônia Barros, Helena Cortes e Deivisson Vianna no momento do debate.

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