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Um Simbravisa para voz aos diferentes e aos que está à margem

Reflexão é a palavra que melhor descreve o conjunto de ações culturais que acontecerão aqui em Belo Horizonte, neste 8º Simbravisa: – “Cada momento foi pensado sob a literatura roseana e deve ser parte da compreensão da vigilância sanitária, que muitas vezes não percebe os contextos sociais e trabalha de forma culturalmente isolada” explica Daniella Araújo, coordenadora da Comissão Cultural do 8º Simbravisa.

“Fazer parte daquilo” é exatamente o desafio desta comissão- “A vigilância sanitária possui uma dureza que, a meu ver, deve ser amenizada pelas vias do diálogo, da arte, da cultura , da sensibilidade. Sempre que possível apropriando-se da cultura local ou global. Nossa Comissão Cultural tem como responsabilidade tratar cultura de forma não dissociada das ações de saúde. Afinal, as próprias ações da VISA refletem a cultura das localidades e devem compreendê-las para que a proteção à saúde, a prevenção dos riscos tenha maior aderência da população. Tomamos isso como nossa travessia, nosso desafio”, afirma.

Os momentos culturais começarão já na cerimônia de abertura, a partir de 18h00 do domingo, 24 de novembro, com a apresentação do grupo Miguilim, composto por adolescentes, com idades entre 10 e 18 anos. O grupo de Cordisburgo,tem contribuído ativamente para a divulgação e preservação da oralidade e da Obra de Guimarães Rosa, a partir da narração de fragmentos literários do escritor.

A partir de segunda-feira, 24, os participantes podem visitar a instalação cultural Ser-tão Geraes, uma proposta de homenagem ao escritor que destacou em sua literatura a imensidão do povo sertanejo: – “Traremos para o espaço do Simbravisa pessoas das cidades simbolizadas na logo do simpósio: Cordisburgo, Morro da Garça e Andrequicé (Três Marias) – do circuito roseano, dentre eles estão o raizeiro e a benzedeira, a violeira, a contadora de casos, as bordadeiras”, explica Daniella.

A coordenadora lembra que a instalação será uma ponte para o diálogo com essas pessoas, a possibilidade de conhecer e/ou vivenciar outros saberes tão antigos quanto o mundo, e dar voz aos diferentes, ouvir o simples, o que está à margem, nas cidades invisíveis: – “Tudo isso está na literatura roseana e deve ser parte da compreensão da vigilância sanitária, que muitas vezes não percebe os contextos sociais e trabalha de forma culturalmente isolada”, resume.

A instalação terá exposições fotográficas e outras atrações: Fé e Devoção no Sertão De Rosa – De Ronaldo Oliveira, diretor do Museu Casa Guimarães Rosa; Cozinhas do Sertão – do Museu da Casa Brasileira de São Paulo; As Cartas para Guimarães Rosa; e uma exposição de bordados de Morro da Garça e Andrequicé.

 

Confira o restante da programação:

Dia 25, segunda-feira, no ExpoMinas.

10h e 16h -Diálogo com Sr. Tico e Maria (raizeiro e benzedeira de Morro da Garça).

12h30 – Cortejo folclórico do Boi Rosado de Belo Horizonte.

 

Dia 26, terça-feira, no ExpoMinas.

10h – Grupo Contadoras de estórias de Três Marias.

12h – Esquete Grupo Mobiliza SUS de Belo Horizonte.

14h – Diálogo com as bordadeiras de Andrequicé e Três Marias

Dia 27, quarta-feira, no ExpoMinas.

Cerimônia de encerramento com o Grupo Trem Tan Tan.

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