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“Uma política terrivelmente baseada nos direitos humanos” Ágora Abrasco debate saúde mental e pandemia

Letícia Maçulo

Que políticas queremos para enfrentar os efeitos da Pandemia na Saúde Mental da População? Essa foi a pergunta central do Colóquio que aconteceu nesta quarta-feira (19), em transmissão ao vivo na TV Abrasco. Nesta edição especial da Ágora Abrasco, que aconteceu no dia seguinte ao Dia da Luta Antimanicomial, especialistas debateram caminhos e possibilidades para o acolhimento de pessoas, o fortalecimento do sistema público de acolhimento em Saúde Mental e sinalizaram que políticas são necessárias para fortalecer a rede de acolhimento da população no contexto da pandemia. 

O debate contou com exposição de Ana Maria Fernandes Pitta (USP/Ucsal/Abrasme), Mônica de Oliveira Nunes de Torrenté (ISC/UFBA) e da vice presidente da abrasco, a psicanalista Rosana Teresa Onocko Campos (DSC/FCM UNICAMP). Além das expositoras, o evento contou com a participação dos debatedores Claudia Maria Filgueiras Penido (PPGPSI/UFMG), Pedro Gabriel Godinho Delgado (IPUB/UFRJ), Rossano Cabral Lima (IMS/UERJ), Simone Mainieri Paulon (PPGPSI/UFRGS). A coordenação ficou por conta do integrante do GT Saúde Mental da Abrasco, Deivisson Vianna (DSC/UFPR).

Para Ana Maria Fernandes Pitta, o momento pede, primeiramente, pelo fortalecimento da democracia. “A democracia é essencial para que nossos sonhos e desejos tenham algum espaço de sobrevivência” afirma. Para Rosana Onocko, é impossível pensar saúde sem democracia, mas também é impossível pensar saúde sem solidariedade, sem acolhimento. E por isso, é preciso, neste momento, conseguir visualizar quais caminhos serão delimitados para a atuação na área da saúde pública. “A crise vai passar e políticas públicas precisam ser refeitas.” afirma. 

Para Mônica de Oliveira Nunes de Torrenté, o fortalecimento das redes de acolhimento e do trabalho intersetorial são pontos importantes que devem levar em consideração também, um projeto “terrivelmente baseado nos direitos humanos” e que comporte as características de um país como o Brasil, que traz em si traumas profundos. “É preciso se atentar para a descolonização para entender as particularidades dessa crise que relaciona saúde mental e pandemia.” Afirma. 

Assista ao colóquio na Tv Abrasco

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