Os quatro candidatos ao governo do Distrito Federal se enfrentaram nesta segunda-feira, 8 de setembro, em debate promovido pelas revista Veja no teatro do Brasília Shopping.
O debate teve, em seu primeiro bloco, uma rodada de perguntas entre os candidatos, a seguir, representantes da sociedade civil e jornalistas propuseram questões sobre temas como drogas, diversidade sexual, abandono na área de cultura, uso político das redes sociais, financiamento de campanha, corrupção e conflito de interesses na administração pública. O último bloco foi reservado às considerações finais.
A professora doutora Maria Fátima de Sousa, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, foi convidada para fazer perguntas sobre saúde aos candidatos. O tema foi um dos assuntos mais recorrentes durante o debate que contou com a participação de representantes da sociedade civil e da imprensa e durou cerca de duas horas. De acordo com informações do Ministério da Saúde, o Distrito Federal é último colocado no ranking de cobertura com agentes counitários de saúde (ACS) do País, com apenas 25% de cobertura da população, estimada em 2,9 mi.
Durante sua participação, a vice-presidente destacou o fato de o Brasil ser referência no que se refere ao modelo de atenção à saúde, que é o Saúde da Família. Todavia, Fátima pontuou que o Distrito Federal não Pratica o modelo. “Somos referência para países do mundo inteiro, mas o Distrito Federal não pratica esse modelo. Se o candidato fosse eleito mudaria ou continuaria com o modelo em que os hospitais são centrais?”, perguntou a vice-presidente. Apesar de a pergunta ter ficado sem resposta, uma vez que o candidato sorteado para responder a pergunta não compareceu ao debate, os demais candidatos puderam ouvi-la e refletir sobre a inserção da pauta em suas propostas de campanha e, possivelmente, nos planos de governo.