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WFPHA convoca ação global no enfrentamento à resistência antibacteriana

A Federação Mundial de Associações de Saúde Pública (WFPHA, sigla em inglês) está convocando todos governos, indústria, ONGs, profissionais de saúde, e instituições de pesquisa públicas e privadas para assegurar que a saúde pública permaneça no centro de todas as políticas e esforços científicos para combater a ameaça da resistência antimicrobiana (AMR, na sigla em inglês). A Federação propõe o estabelecimento de uma política de eficácia antibiótica como um bem público global.

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A AMR é uma das principais prioridades da Organização Mundial da Saúde (OMS). Drogas antimicrobianas desempenharam um papel fundamental tanto na prevenção quanto na cura de infecções. Contudo, usos excessivos e indevidos desses medicamentos em humanos, animais e na agricultura podem estar colocando em perigo avanços no tratamento de doenças infecciosas obtidos nos últimos 50 anos, aumentando lacunas na prevenção e no controle de infecções, juntamente com a falta de qualidade e/ou investimentos inadequados no desenvolvimento de novas drogas.

No workshop promovido na manhã de hoje, 23 de maio, durante a Assembléia Mundial da Saúde deste ano, a WFPHA fez uma convocação para a construção de um dia de ação global com o objetivo de direcionar todos os atores a usar uma abordagem assertiva, conforme aponta a Carta Global para a Saúde do Público. Serviços de saúde eficazes são essenciais para facilitar estratégias contínuas de prevenção, proteção e promoção da saúde para mitigar os efeitos da AMR. Manutenção da boa governança, informações precisas, capacitação e advocacia são elementos essenciais para que sistemas de saúde sejam resilientes e seguros frente aos desafios da AMR.

“A última coisa que precisamos é voltar atrás em termos de proteger o mundo de infecções. A AMR é um dos maiores desafios em todo o mundo. A integração de todas as partes interessadas para fortalecer as estratégias institucionais é essencial para enfrentar resistência antimicrobiana e desenvolver práticas de saúde sustentáveis. ”disse Michael Moore, ex-presidente imediato do WFPHA, relacionando a questão com os princípios da Carta Global.

Manica Balasegaram, diretor do Centro Global de Pesquisa e Desenvolvimento de Antibióticos Partnership (GARDP) e um dos principais palestrantes do workshop, disse ser fundamental um discurso transparente sobre as políticas e atividades relacionadas à AMR em um contexto global, sem perder de vista a realidade particular dos diferentes sistemas e práticas de Saúde Pública: “Desenvolver novos tratamentos para combater a ARM isoladamente compromete o retorno à Saúde Pública, minando investimentos para o desenvolvimento de tratamentos acessíveis. É importante se afastar da discussão em círculos restritos e encontrar maneiras de reunir ciência, política e Saúde Pública, se quisermos abordar com sucesso os desafios da AMR”, afirmou Balasegaram.

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