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WFPHA lança chamado à ação sobre política vacinal mundial

Bruno C. Dias, com informações da WFPHA

A Federação Mundial de Associações de Saúde Pública (WFPHA) conclama todos à ação para melhorar os níveis de cobertura vacinal em todos os países do mundo. Conclamamos todos governos, empresas, entidades, organizações e associações de saúde pública a priorizarem as evidências científicas nos processos de tomada de decisão sobre a imunização. Deve ser um compromisso geral conscientizar a população de que a vacinação é uma maneira comprovada de proteger a saúde. Além disso, deve-se buscar aumentar a oferta de vacinas a preços suportáveis pelas sociedades e fortalecer a capacidade profissional dos recursos humanos envolvidos.

+ Acesse aqui o documento original, em inglês

Reconhecemos os perigos de um número crescente de surtos de sarampo e outras doenças evitáveis por vacinas. Estamos preocupados com o fato de que a insuficiência ou a inadequação de recursos para a saúde não se limitam apenas aos preços das vacinas e à qualificação dos profissionais de saúde, mas também abrangem infraestruturas, capacidade institucional e investimento estratégico. Estes são indicadores de que um esforço mais conjunto é necessário internacionalmente.

A WFPHA pretende, com este apelo, subsidiar as discussões de entidades da sociedade civil no período que antecede a Assembleia das Nações Unidas, a realizar-se em setembro de 2019, sobre a Cobertura Universal de Saúde.

Recomendamos a todos os atores interessados que implementem uma abordagem conforme estabelecido na Carta Global para a Saúde do Público:

SERVIÇOS:

Proteção
– Garantir cuidados de saúde adequados e equitativos a todos os indivíduos independentemente de estatuto social, econômico, étnico-racial, religioso, de gênero, etc.
– Garantir o acesso a vacinas para todas as pessoas, não importa onde morem
– Apoiar o planejamento e a regulação apropriados de curto e longo prazo da imunização em nível nacional, de maneira consistente com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
– Monitorar a produção, o fornecimento e a distribuição de vacinas para evitar a escassez de vacinas e garantir a imunização equitativa para todos, incluindo o acesso apropriado a novas vacinas para doenças como HIV e malária.
– Aumentar os esforços para as etapas finais da eliminação da poliomielite em todo mundo

Prevenção
– Estabelecer metas e comprometer fundos apropriados para otimizar a proteção da saúde pública de maneira consistente com as recomendações da OMS
– Desenvolver e fortalecer parcerias para liderar pesquisas inovadoras focadas em necessidades prioritárias.
– Reduzir as iniquidades em populações vulneráveis por meio de conhecimento e compreensão de suas realidades, acesso a vacinas e capacitação de profissionais de saúde.
– Desenvolver programas de treinamento adequados para profissionais de saúde

• Promoção de saúde
– Adotara perspectiva dos determinantes sociais da saúde para garantir o acesso equitativo às vacinas
– Combater a falta de confiança na vacinação, respondendo às dúvidas dos usuários
– Mudar o comportamento das pessoas através da educação em saúde dos indivíduos
– Compreender as barreiras culturais, religiosas, econômicas e de gênero que afetam a aceitação da imunização e desenvolver soluções apropriadas para eliminar essas barreiras
– Minimizar a ameaça de notícias falsas em relação às vacinações, difundidas pelas mídias sociais, por meio de estratégias apropriadas de comunicação

FATORES FACILITADORES:

• Governança
– Estabelecer sistemas de incentivo para que os prestadores de cuidados de saúde primários encorajem a imunização.
– Assegurar a transparência, a prestação de contas e a governança de melhores práticas para lidar com a vacinação, incluindo a auditoria apropriada das atividades dos profissionais de saúde por entidades locais.

• Informação precisa
– Examinar as razões e as emoções que geram dúvidas quanto à vacinação e desenvolver abordagens inovadoras para superar tais dúvidas
– Divulgar informações precisas o mais amplamente possível através de mídias tradicionais e sociais
– Apoiar campanhas governamentais eficazes que alertem para os perigos da recusa da vacinação
– Instituir registros históricos de imunização eletrônica adequados e acessíveis para uso por profissionais de saúde e indivíduos
– Conduzir a avaliação obrigatória dos programas de vacinas atuais e novos, incluindo acesso, avaliação da cobertura vacinal, vigilância, segurança e eficácia.

Capacitação
– Apoiar a pesquisa e a comunicação para capacitar profissionais da saúde e de outras áreas para difundirem mensagens sobre vacinas cientificamente comprovadas
– Melhorar o conhecimento e a compreensão das ações apropriadas a serem tomadas pelos líderes de saúde, profissionais de saúde e educadores por meio de educação e treinamento eficazes.
– Expandir o conhecimento e a compreensão dentro das comunidades e das famílias

Defesa de direitos – Advocacy  
– Fortalecer a liderança da sociedade civil nas ações voltadas para aumentar a confiança e a aceitação da vacinação pelos governos e pelas comunidades.
– Envolver profissionais de saúde, ONGs e todas as partes interessadas em ações na mídia, na comunidade e nos governos, destinadas a sanar dúvida sobre as vacinas e a denunciar mitos e notícias falsas.
– Melhorar a coordenação dos atores em defesa da vacinação de modo que falem “uma só voz”, de modo a evitar confundir as pessoas com mensagens conflitantes
– Apoiar a ação internacional para melhorar o acesso à vacinação, fortalecer a capacidade dos sistemas de saúde, qualificar os recursos humanos para a saúde e fornecer recursos financeiros suficientes para a oferta equitativa dos serviços de vacinação.

Em maio deste 2019, a WFPHA realizou um workshop internacional sobre cobertura vacinal global e contou com a participação de Luis Eugenio Portela de Souza, presidente da Abrasco 2012 – 2015 e atualmente membro do Conselho Deliberativo da entidade. Confira a participação abaixo e navegue no canal da WFPHA no YouTube para assistir o conjunto do workshop:

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