A Abrasco participou na manhã desta sexta-feira (4) da cerimônia de posse do presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mário Santos Moreira. O momento solene, realizado ao lado do Castelo Mourisco, no Campus Manguinhos da Fundação, no Rio de Janeiro (RJ), reuniu pesquisadores, profissionais da saúde, representantes da sociedade civil, parlamentares e autoridades, como o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Nomes da Saúde Coletiva, como a professora Lígia Bahia, o vice-presidente da Abrasco, Reinaldo Guimarães, e os ex-presidentes da Associação José Noronha e Paulo Gadelha marcaram presença no evento, assim como os ex-ministros da Saúde José Agenor Álvares e José Gomes Temporão.
Rômulo Paes de Sousa, presidente da Abrasco, representou a Associação na cerimônia de posse. O pesquisador, que assumirá a coordenação do Centro de Estudos Estratégicos (CEE) da Fiocruz, destacou a importância da parceria entre a Fundação e a Abrasco.
“A Abrasco tem uma longa parceria com a Fiocruz. Por isso, é fundamental que estejamos presentes nesses momentos. A Fiocruz é fundamental para o Brasil, é um dos grandes centros globais de saúde coletiva e é aqui onde muitos abrasquianos tem a sua casa. Por isso, esse momento é uma celebração da nossa frutífera relação desde o surgimento da Abrasco”, expressou.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou em seu discurso durante a cerimônia a importância da Fiocruz para o Brasil, em defesa da saúde pública, no combate ao negacionismo e na consolidação do Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS).
“Esse governo quer apoiar os sonhos da Fiocruz. O enfrentamento da pandemia gerou o sentimento de necessidade de reorganizar as cadeias globais de produção científica e tecnológica para insumos em saúde. O mundo não quer depender mais de apenas uma região de saúde. O Brasil pode participar. Nós vamos criar no país um ambiente de atração de pesquisa e pesquisadores. O Ministério da Saúde confia e acredita muito nessa instituição e nos seus trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou.
No discurso inaugural do novo mandato à frente da Fiocruz, Mario Moreira reforçou o valor da instituição para a saúde pública brasileira. “A Fiocruz é um corpo vivo, pulsante, que respira ciência e exala cuidado. Um organismo que cresce, pensa, se reinventa e insiste em resistir diante de qualquer cenário. Somos movidos por um tipo de febre que não adoece, mas impulsiona. A febre da busca incansável pelo conhecimento, acolhimento, pelo remédio certo, vacina exata e cura possível. Aqui, frascos repousam como pequenos universos e cada pesquisa é um fio que tece o destino desse país”, declarou.
O pesquisador enfatizou ainda o papel estratégico da Fiocruz no desenvolvimento de medidas que levem maior qualidade de vida ao povo brasileiro. “A Fiocruz é guiada pela visão de longo prazo, mas consciente da urgência. Nós temos urgência: o nosso povo não pode esperar e qualquer descoberta é um sopro de vida para quem espera. Mantemos vivos na memória os nomes de cada pessoa que foi salva pelos trabalhos dessa instituição. Aqui, a ciência não é fria. Tem calor humano, mãos que tocam, olhos que observam e corações que insistem com perseverança destemida”, afirmou.
Servidor da Fiocruz desde 1994, Mario Moreira é doutor em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz). O gestor assumiu a Fiocruz com a ida de Nísia Trindade para o Ministério da Saúde e foi reeleito, em 2024, com 81,8% dos votos válidos dos servidores da instituição, com mandato até 2028.