Eli Iola Gurgel, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais e vice-presidente da Abrasco, foi uma das participantes da segunda audiência da CPI da Previdência promovida pelo Senado Federal, em 08 de maio. Presidida pelo senador Paulo Paim, a comissão investiga a situação das receitas e despesas do sistema previdenciário, bem como as denúncias de desvios de recursos.
“Somos 69,68% dos brasileiros em idade ativa. Isto significa que, se essa população tiver ocupação econômica, ela é um manancial de financiamento no sistema contributivo”, disse a abrasquiana, que ironizou também os dados apresentados pelo Executivo em defesa da reforma, lembrando que o governo federal diz há mais de 20 anos que a Previdência Social está falindo.
A sessão contou também com as professoras Denise Gentil, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Rivânia Moura, da Escola de Serviço Social da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN); e de Guilherme Delgado, pesquisador aposentado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Clóvis Roberto Scherer, coordenador adjunto do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo os especialistas, as projeções usadas pelo governo Temer para justificar a reforma da Previdência estão erradas. Denise Gentil disse que o governo exagera na projeção de idosos para 2060, enquanto Rivânia Moura detalhou a atual composição dos gastos e das dívidas com a União, mostrando que o principal gasto federal é a manutenção do superávit primário no Orçamento para poder pagar a rolagem da dívida pública. Clique e leia a matéria completa da Agência Senado e assista à matéria da TV Senado.