Especialistas se reuniram na última quinta-feira (26) para analisar o panorama de formação e a implementação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). A conversa foi transmitida ao vivo pela TV Abrasco.
Em vigor desde 2006, as PICS e a sua consequente inserção no Sistema Saúde (SUS) ainda demandam muitos acertos. A questão da formação é crucial, já que se trata de uma nova racionalidade para o cuidado em saúde e poucas Práticas possuem conteúdos e estágios definidos. As PICS buscam a prevenção de doenças e a recuperação da saúde, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.
Para Inês Reis, do Forma PICS/FIOCRUZ, a aprovação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares pelo SUS traz consigo uma questão importante: A falta de critérios mínimos para formação dos profissionais. “Isso vêm sido discutido no Brasil e internacionalmente e é uma questão que precisa ser enfrentada para evitar uma ameaça às PICS no país.”, afirma. A pesquisa FORMAPICS mapeou o perfil das ofertas dos cursos de formação das práticas no Brasil.
A consultora técnica da Coordenação de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Gabriela Carrillo chama atenção para o fato de que a escassez em formação para o SUS se torna um desafio para a implementação das PICS. “As Universidades Públicas não têm conseguido responder a esse desafio, e as instituições privadas têm ocupado esse espaço sem critérios claros como carga horária, conteúdos mínimos ou acesso à prática supervisionada, medidas essenciais para que se garanta a segurança e efetividade da oferta.”, garante.
O evento contou ainda com participação de Emílio Telesi Junior, idealizador da Residência Multiprofissional em Práticas Integrativas e Complementares da SES/SP e coordenação de Fatima Sueli Neto Ribeiro, coordenadora do GT Racionalidade Médicas e PICS/Abrasco e GEPEPICS /UERJ.
