Na última sessão especial da Ágora Abrasco junto ao Abril Indígena – ATL 2021, realizada nesta quarta-feira (28), a luta para mitigar os efeitos da pandemia nas populações indígenas evidenciou um conjunto de estratégias políticas, sociais, científicas e culturais, articuladas com a defesa dos territórios e a denúncia da omissão do Estado. A coordenação da roda de debate virtual foi de Nayara Scalco, do Instituto de Saúde SES/SP e GT Saúde Indígena/Abrasco.
“Estamos com 14 meses de crise sanitária no Brasil e ainda não temos um plano coerente implementado pelo Estado Brasileiro e isso é para além de uma violência contra os povos indígenas. É um genocídio que está sendo praticado às claras no país”, indignou-se Jozileia Kaingang, doutoranda em Antropologia Social e coordenadora pedagógica da Licenciatura Intercultural Indígena na Universidade Federal de Santa Catarina. e integrante do GT Saúde Indígena/Abrasco.
O fortalecimento da reconexão com a ancestralidade durante o período de pandemia foi contemplado na fala de Glicéria Tupinambá da Associação dos Índios Tupinambá da Serra do Padeiro e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia. Ela foi a responsável, com o apoio da comunidade, pela confecção do Manto Tupinambá, que representa a revitalização da cultura do seu povo”. “Ao longo da quarentena, sem a visitação de pessoas externas, à comunidade tivemos uma calmaria dentro do território para construir e desenvolver trabalhos voltados à nossa cultura”, disse Glicéria.
A Ágora também teve a paricipação de Sofia Mendonça do Projeto Xingu/Unifesp e GT Saúde Indígena/Abrasco.
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