Neste dia 25 de Julho, dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, confira as reflexões de integrantes do GT Racismo e Saúde da Abrasco sobre as contribuições de mulheres racializadas no campo da Saúde Coletiva:
As mulheres negras desempenharam um papel crucial no processo de democratização social no Brasil, especialmente na reformulação da perspectiva sobre saúde, na composição do Sistema Único de Saúde (SUS) e na análise do racismo como fenômeno da determinação social da saúde. Esse movimento resultou na criação de um contra-discurso para denunciar o silenciamento presente em diversas esferas de opressão, além do gênero, que as mulheres racializadas enfrentam diariamente.
As feministas negras reivindicaram mudanças nas políticas de saúde, educação, trabalho, renda, segurança pública e outras áreas. Essas reivindicações não se limitaram aos debates e agendas, mas também questionaram o privilégio racial dentro do feminismo hegemônico brasileiro.
Esse processo estimulou discussões sobre a formação de um pensamento político racializado, focado na criação de políticas públicas específicas que garantissem direitos e abordassem as particularidades da situação de saúde da população negra, especialmente das mulheres negras no Brasil. Essas lutas visam a equidade de direitos e liberdade, contrapondo a universalização da categoria mulher.
No Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), por meio do Grupo de Trabalho Racismo e Saúde, presta homenagem a todas as mulheres negras da América Latina e Caribe.