Seres humanos já podem ser considerados responsáveis por tornar a superfície do oceano mais ácida, além de contribuir ativamente para o aumento da temperatura nos extremos do planeta. Especialistas apontam que a janela para reverter esse cenário é pequena – mas existe!
O relatório IPCC, de 2023, apontou que eventos climáticos extremos, como as chuvas, enchentes, incêndios e secas que afetam a população podem se tornar ainda mais intensos e frequentes devido à ação humana.
A crescente conscientização pública e política sobre os impactos e riscos climáticos resultou na inclusão da adaptação em políticas climáticas e processos de planejamento em pelo menos 170 países e diversas cidades.
Carlos Machado, integrante do Conselho Deliberativo da Abrasco e pesquisador especialista em Problemas Ambientais e de Saúde, destaca a necessidade de reavaliar cenários e redimensionar riscos para uma reconstrução eficaz. “riticando a prática recorrente de restabelecer condições prévias aos desastres, que perpetuam a vulnerabilidade das populações afetadas. Segundo ele, “todo desastre atualiza cenários de riscos existentes e reconstruir da mesma maneira é manter as mesmas condições de risco, sendo essencial a transição de políticas reativas para estratégias preventivas e prospectivas.”
Iniciativas como a mudança para fontes de energia renováveis, redução na emissão de gases do efeito estufa, recuperação de florestas e matas ciliares e incentivos econômicos para que países mais pobres possam adotar práticas mais sustentáveis são apontadas como um caminho para garantir um futuro habitável para todos.
O recado é claro: se as gerações atuais e futuras viverão em um mundo mais quente e hostil vai depender somente das escolhas que fazemos agora e no curto prazo. Neste dia mundial do meio ambiente, vale refletir: qual é o mundo que você quer deixar para seus netos?