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Começa hoje Fórum Social Mundial + 15

“Um outro mundo possível”. Esse lema embalou uma geração de militantes e marcou um período de quatro anos (2001 a 2003 e 2005) da militância política brasileira com a realização, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, das edições do Fórum Social Mundial. Passados 15 anos da primeira edição, o evento retorna hoje, 19/01, à cidade que o viu nascer e crescer para uma edição regional até dia 23, com diversos fóruns temáticos, dentre eles da seguridade social e saúde. A edição mundial acontece em agosto, na cidade de Montreal, no Canadá. Será a primeira vez que o FSM migra para o hemisfério norte.

Durante a coletiva, Mauri Cruz, membro da Abong (Associação Brasileira de ONGs), lembrou que o Fórum segue mantendo seu “espírito autogestionário”. Ou seja, todas as 470 atividades previstas na programação, partiram da organização e articulação dos movimentos sociais. Segundo ele, enquanto a parte da manhã será reservada para as atividades autogestionárias – mesas independentes de cada movimento – a parte da tarde será dedicada quase integralmente às mesas de convergência. Mais do que nos anos anteriores, este ano, as mesas de convergência conseguiram reunir representantes de diversas origens em debates comuns. Por isso, a previsão é que elas concentrarão grande atenção e participação do público. A expectativa do comitê é ter em média de 8 a 10 mil pessoas circulando pelas atividades do FSM todos os dias.

O movimento social da saúde estará participando de uma série de atividades no O Fórum Social Mundial da Saúde e da Seguridade Social – FSMSSS-  espaço temático do FSM desde a primeira edição, em 2001. As atividades estarão concentradas pela manhã, das 08:30 às 13 horas, e serão realizadas em diversos locais, como a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (Alers) e Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores Paulo Freire (CMET) entre outros. 

No primeiro dia, o debate buscará compor um panorama da hegemonia conservadora em torno à seguridade social e as agendas e mecanismos que esta hegemonia vem desenvolvendo para o Estado mínimo da Saúde, tanto em escala mundial como em escala regional e local. Já no segundo dia, a discussão centrará sobre estratégias de educação/ação políticas necessárias para desenvolver capacidades na sociedade civil, na sociedade política e no Estado para poder promover políticas sociais transformadoras, mediante a defesa de uma produção capaz de distribuir riqueza e direitos.

No terceiro e último dia, serão debatidos os próximos passos e projetos estratégicos que possam ser trabalhados conjuntamente no âmbito nacional e regional, particularmente na ocupação política dos espaços como UNASUR e MERCOSUL e projetando a I Conferencia Nacional de Seguridade Social no Brasil e a I Conferencia Sul-americana em Apoio ao Desenvolvimento de Sistemas Universais de Seguridade Social. Katia Souto, Diretora do departamento de Apoio a Gestão Participativa do Ministério da Saúde (DAGEP/MS); Madalena Margarida da Silva, secretária Nacional de Saúde do Trabalhador da CUT; Sandra Fagundes, superintendente do GHC / Porto Alegre – RS; Alcides Miranda, professor da UFRGS e membro da direção da Abrasco; Maria Laura Bicca, da Federação Nacional dos Assistentes Sociais (FNAS); Carlos Botazzo, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP e dirigente histórico da Associação Paulista de Saúde Pública (APSP) e Ronald Ferreira dos Santos, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) são alguns dos nomes que estarão nas mesas. Acesse aqui a programação completa.

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