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Dia Nacional da Imunização: fortalecer o SUS e o PNI

Alexandra Crispim Boing, Ana Brito, Ana Paula Sato e Rita Donalísio

Campanha de vacinação em povos indígenas, Aldeia Verde, MG | Foto: SESAI/ MS


Hoje, 9 de junho, é Dia Nacional da Imunização. A vacinação tem um papel fundamental na saúde pública, sendo uma das medidas mais eficazes para prevenir e controlar doenças imunopreveníveis. Apesar do Brasil ser reconhecido internacionalmente pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), nos últimos anos não tem avançado e atingido a meta de cobertura  vacinal de vários imunobiológicos. 

Globalmente, observou-se uma queda na cobertura vacinal de rotina, agravada pela pandemia da Covid-19. No Brasil isso não foi diferente. A cobertura da vacina contra poliomielite, tuberculose (BCG) e sarampo caíram no decorrer dos anos, e a queda foi intensificada no período da pandemia, pelas restrições de circulação, direcionamento das ações para o enfrentamento da Covid-19 e movimentos antivacina. Em 2022 houve alguma recuperação, mas ainda não atingimos a cobertura ideal, o que coloca a população em risco. A vacinação contra a Covid-19 não tem avançado, e a recente campanha de vacinação da gripe também não demonstrou muitos resultados positivos. Soma-se a esta situação desigualdades importantes, com os municípios socialmente mais vulneráveis e desiguais sendo os mais descobertos.

Este cenário nos coloca desafios importantes, sobretudo o fortalecimento do Sistema Único de Saúde – garantindo o financiamento adequado. É preciso aprimorar a atenção básica, a vigilância em saúde, os sistemas de informação, capacitação e educação permanente das equipes de sala de vacinação, planejamentos com base nos territórios, comunicação de eventos adversos, estratégias locais de comunicação para diminuição da hesitação vacinal, aumento da confiança nas vacinas e contraposição aos movimentos antivacina.

Teremos que nos reinventar com novas estratégias.

Alexandra Crispim Boing é professora da UFSC, e Rita Donalísio é professora da Unicamp – ambas são coordenadoras da Comissão de Epidemiologia da Abrasco. Ana Paula Sato é professora da USP, e também integra a Comissão de Epidemiologia da Abrasco. Ana Brito é pesquisadora da Fiocruz Pernambuco, e associada à Abrasco.

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