A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) lançou o primeiro episódio da série “Vote com ciência”. A cada dia, um pesquisador aborda em cinco pontos, questões importantes para a cidade em áreas como saúde, educação, ciência e tecnologia, direitos humanos e segurança pública. No primeiro episódio, a professora titular da Faculdade de Medicina da UFMG e diretora da Abrasco, Eli Iola, falou sobre a importância de se fortalecer o SUS diante da realidade trazida pela pandemia de Covid-19, que exigirá altos investimentos em hospitais e equipes multiprofissionais de saúde.
Conheça o documento Fortalecer o SUS, em defesa da democracia e da vida,uma contribuição da Abrasco ao debate das eleições
“A pandemia de Covid mostra a importância de um sistema público e universal de saúde para toda a sociedade”, disse Iola, que alertou ainda para as desigualdades aprofundadas durante a pandemia.
Para a próxima gestão à frente da capital mineira, a abrasquiana destacou três pontos centrais: ampliação e transparência dos gastos em saúde, mesmo com o financiamento da prefeitura de Belo Horizonte ser acima de 15% como orienta a atual legislação; ampliar o limite dos 70% da população coberta pela Atenção Básica e alcançar os 100%, com reforço das equipes de saúde da Família e dos Agentes Comunitários, e ampliação da oferta de consultas, exames e procendimentos de alta complexidade.
Por fim, orientou aos eleitores saberem diferenciar as propostas. “É importante prestar bastante atenção, pois em época de eleições todos os candidatos falam da importância da saúde. É fundamental distinguir quem defende o SUS, e está preocupado com a estruturação de um serviço de qualidade bem financiado para o conjunto da cidade, ou quem está preocupado só em oferecer uma ambulância ou outro serviço para atender apenas a sua vizinhança e angariar votos”, ressaltou a dirigente da Abrasco.